Recentemente, a psicóloga Marisa Lobo, especialista em Direitos Humanos e presidente do movimento Pró-Mulher, expressou sua profunda preocupação sobre um caso que ocorreu na Disneyland Paris. Um britânico, foragido por crimes sexuais, simulou um “casamento” com uma menina de apenas 9 anos, levando a uma encenação em Londres. Este episódio, alarmante por si só, ocorreu sem qualquer intervenção das autoridades europeias.
Lobo enfatizou que tais encenações públicas não são meras performances artísticas, mas sim um grave sinal da banalização do abuso. A conexão de crianças a rituais com conotações pedófilas naturaliza formas de violência simbólica, principalmente em um ambiente icônico como a Disney, que deveria ser um refúgio de inocência. Ao associar a fantasia infantil à dominação adulta, estão-se reforçando fantasias nocivas.
Baseada em neurociência e psicologia, a psicóloga destaca os impactos psicológicos devastadores que essas experiências podem causar nas crianças, incluindo marcas cerebrais e emocionais permanentes. O cérebro infantil, vulnerável e em desenvolvimento, não está preparado para inversões de papel, onde se espera que a criança atue como parceira de um adulto.
Além disso, Lobo levantou preocupações sobre os limites da liberdade de expressão. Segundo ela, essa liberdade nunca pode ser usada como justificativa para a perversão ou sexualização da infância. A psicóloga criticou a “relativização ética” que transforma abusos em provocativas expressões artísticas, lembrando que a Declaração dos Direitos da Criança da ONU e o Estatuto da Criança e do Adolescente no Brasil garantem proteção integral aos menores.
Lobo também identificou falhas sistêmicas, questionando como um criminoso conhecido é capaz de realizar atos públicos sem impedimentos. A fragilidade nos mecanismos de monitoramento é alarmante e necessita de resposta imediata.
Ela concluiu seu apelo enfatizando a necessidade de fortalecer sistemas de denúncia e educar famílias, escolas e comunidades para reconhecer e denunciar violações simbólicas. Lobo instou a sociedade a rejeitar qualquer narrativa que normalize abusos, ressaltando que proteger a inocência infantil é um dever coletivo. Citando Mateus 18:6, ela recordou que “melhor lhe fora pendurar uma pedra de moinho no pescoço e ser lançado ao mar do que fazer tropeçar um pequenino”. O caso permanece sob investigação das polícias francesa e britânica.
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