No coração pulsante do Rio de Janeiro, a cúpula do Brics se prepara para um encontro histórico, reunindo líderes de 11 nações. Este evento, que ocorre pela primeira vez desde a expansão do grupo em 2023, promete discutir temas cruciais, desde tarifas unilaterais até a crescente tensão no Oriente Médio.
Um dos principais focos da cúpula será a preocupação com o aumento dessas tarifas, que distorcem o comércio global e desafiam as normas da Organização Mundial do Comércio. “Diante do ressurgimento do protecionismo, é essencial que as nações emergentes se unam para salvaguardar o comércio multilateral”, destacou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um evento preparatório.
Além das questões comerciais, o Brics alcançou um consenso sobre a escalada bélica no Oriente Médio. O Irã, membro do grupo, buscava uma posição mais contundente, mas a declaração final manterá uma linha cautelosa, reafirmando a “profunda preocupação” com os recentes bombardeios que afetam a região. Marta Fernández, especialista em Relações Internacionais, observa que a China tem sido cautelosa em sua postura sobre o conflito, buscando evitar uma cúpula dominada por essa crise.
Nos dois últimos anos, novos países como Arábia Saudita, Egito e Emirados Árabes foram incorporados ao Brics, fortalecendo a voz do Sul Global. Além da declaração principal, três comunicados adicionais abordarão a governança da inteligência artificial, mudanças climáticas e cooperação sanitária, temas que se tornaram preponderantes no cenário global.
Para garantir a segurança do evento, mais de 20 mil agentes das Forças Armadas foram mobilizados, com medidas de proteção nunca vistas desde os Jogos Olímpicos de 2016. A expectativa é que o encontro não apenas fortaleça as relações multilaterais, mas também estabeleça um caminho promissor para o futuro do bloco.
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