A cidade de Estação, no Rio Grande do Sul, viveu uma manhã sombria quando um adolescente de 16 anos invadiu a Escola Maria Nascimento Giacomazzi e perpetrou um ato de violência indescritível. O ataque resultou na morte de Vitor André Kungel Gambirazi, de apenas 9 anos, e deixou três feridos entre alunos e uma professora.
Os pais do autor do crime estão em estado de choque. Relatos do coronel Carlos Aguiar, comandante do Comando Regional de Policiamento Ostensivo, revelam o desespero e a incredulidade da família, surpreendida por um ato completamente fora do comum. “Foi um baque para eles também. Estavam perplexos e ajudando no que fosse possível”, disse o coronel.
A família, conforme indicado, é bem estruturada e sem histórico de violência. O coronel comentou sobre a necessidade urgente de reavaliar a relação dos jovens com a tecnologia: “Muitas vezes, o quarto deles é uma embaixada de outro país. Você não pode entrar e não sabe o que se passa no celular.” Essas questões levantam preocupações sobre a origem de comportamentos tão extremos.
O que aconteceu
- O adolescente invadiu a escola sob a farsa de entregar um currículo e atacou ao menos três crianças e uma professora com facadas.
- Vitor, ao ser esfaqueado no tórax, não sobreviveu ao ataque.
- O ataque ocorreu com bombinhas, que foram usadas para assustar alunos e professores antes da agressão.
- O jovem foi rapidamente imobilizado pela população e detido pela polícia.
Após o incidente, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul determinou a internação provisória do adolescente por 45 dias, conforme as leis vigentes. O jovem estava em tratamento psicológico antes de cometer o crime.
Das feridas, uma aluna de 8 anos passou por neurocirurgia após um grave trauma cefálico. Embora em estado estável, ainda requer cuidados. Outra criança já recebeu alta, mas a professora continua sob observação no hospital.
Como resposta, a prefeitura suspendeu as aulas em todas as escolas da rede municipal e decretou luto oficial por três dias. O sepultamento de Vitor acontece nesta quarta-feira, refletindo a perda irreparável que abalou a comunidade.
“Clima muito pesado”
A Brigada Militar intensificou a presença policial nas instituições de ensino. “Estamos reforçando a segurança e oferecendo apoio emocional à comunidade”, destacou Aguiar. O crime, ocorrido em uma cidade pacata e sem histórico de violência, gerou um clima de dor e consternação.
“É uma cidade onde se dorme com a porta aberta. O impacto do que aconteceu é incomensurável. A dor da perda é profunda e a confiança da comunidade foi severamente abalada”, relatou Aguiar. Neste momento, a segurança vai além das medidas preventivas; é sobre estar presente para oferecer apoio e acolhimento durante este período difícil.
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