A manhã de quarta-feira (9) começou de forma tumultuada para o partido Reagrupamento Nacional (RN) na França. Agentes da brigada financeira e dois juízes realizaram uma operação de busca na sede do partido, localizado em Paris, conforme informou o presidente da agremiação, Jordan Bardella. Ele relatou que as investigações se concentraram nos “gabinetes dos dirigentes” e que arquivos das últimas eleições regionais, presidenciais, legislativas e europeias foram apreendidos.
Bardella expressou sua indignação, classificando a ação como um “grave atentado ao pluralismo e à alternância democrática”, destacando que essa abordagem é uma “crueldade” contra a legenda, que atualmente lidera as pesquisas para o primeiro turno das próximas eleições presidenciais. O presidente do partido utilizou suas redes sociais para descrever o início da operação às 8h30 locais, com a apreensão de “todos os e-mails, documentos e registros contábeis”.
Essa intervenção faz parte de uma investigação judicial iniciada em julho de 2024, centrada em suspeitas de financiamento ilegal das campanhas eleitorais de 2022 e 2024. O Ministério Público de Paris já havia condenado o RN em março por desvio de recursos públicos europeus, resultando na inabilitação política de sua líder, Marine Le Pen, por cinco anos. Na terça-feira, Le Pen havia solicitado ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos a suspensão dessa inabilitação, mas seu pedido foi negado nesta quarta.
Os desdobramentos desta situação prometem impactar profundamente o cenário político francês. A mobilização em defesa do partido e as reações à investigação estão agora em foco. O que você pensa sobre os eventos atuais? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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