Em uma operação realizada em Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, a Polícia Militar se viu no centro de uma polêmica, quando um suspeito rendido foi executado. No dia 10 de agosto, os policiais não estavam cientes de que as câmeras corporais estavam gravando no momento dos disparos. Esta revelação foi feita pela própria corporação na manhã do dia 15.
De acordo com as autoridades, o homem, identificado como Igor Oliveira de Moraes Santos, estava completamente rendido quando foi alvejado. Um coronel da PM declarou: “A ação começou de forma legítima, mas em determinado momento, ele já estava rendido, e os disparos foram efetuados sem justificativa”.
Os policiais utilizavam câmeras corporais cujo funcionamento necessita de ativação manual, mas uma delas foi acionada, gerando um efeito em cadeia via bluetooth que ativou as outras câmeras em um perímetro de 20 metros. As gravações mostram a entrada dos três PMs no cômodo onde Igor estava, de mãos levantadas e encostado na parede. Um dos policiais disparou contra ele, que caiu ao chão, e, em seguida, após uma ordem para que se levantasse, foi atingido novamente.
Após os disparos, os agentes exclamaram: “As COP, as COP, as COP”, referindo-se às câmeras operacionais acionadas após a ação. Contudo, essas câmeras têm um recurso de retroação de 90 segundos, e as gravações mostraram o que ocorreu um minuto e meio antes do acionamento, revelando o contexto que levou a esses trágicos eventos.
Veja o vídeo:
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