O clima político entre os Estados Unidos e o Brasil esquentou. Nesta sexta-feira, 18 de julho de 2025, o secretário de Estado americano Marco Rubio anunciou a revogação dos vistos de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e de seu círculo próximo. A decisão ocorreu logo depois de Moraes impor restrições significativas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de uso de redes sociais.
Rubio acusou Moraes de abusos de autoridade e de promover uma “caça às bruxas política” contra Bolsonaro, afirmando que suas ações violam princípios de liberdade de expressão e afetam até mesmo cidadãos americanos. Em suas palavras, a revogação dos vistos foi um passo necessário diante do que considera uma violação inaceitável de direitos fundamentais.
As medidas contra Bolsonaro foram determinadas após indícios de que ele estaria obstruindo investigações e cooptando autoridades. Além da tornozeleira, o ex-presidente enfrenta o recolhimento domiciliar noturno e a proibição de contato com diplomatas e investigados.
A pressão por sanções contra Moraes faz parte de uma estratégia mais ampla dos apoiadores de Bolsonaro, numa tentativa de invocar a Lei Magnitsky — um mecanismo de sanções criado para punir violações de direitos humanos e corrupção. Apesar da intensa discussão, nenhuma ação formal ainda foi tomada neste sentido.
Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente e atualmente morando nos EUA, elogiou a decisão de Rubio, questionando a possibilidade de críticos do governo brasileiro enfrentarem consequências semelhantes às de sua família. Esse momento tenso reflete a fragilidade das relações entre a diplomacia americana e as políticas brasileiras, com um horizonte incerto à frente.
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