Mais de 5 mil pessoas morreram na Bahia por conta de doenças respiratórias

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Na Bahia, mais de 5 mil vidas foram tragicamente perdidas este ano devido a doenças respiratórias, segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). Dentre essas vítimas, cerca de 2,5 mil pessoas estavam na faixa etária acima de 80 anos, um grupo especialmente vulnerável.

O Dr. Guilhardo Fontes Ribeiro, pneumologista e Diretor de Assuntos de Saúde Pública da Associação Bahiana de Medicina, explica que a incidence dessas enfermidades se intensifica nesse período do ano. A baixa umidade do ar, as oscilações bruscas de temperatura e o aumento da poluição são fatores que afetam especialmente quem já convive com problemas respiratórios.

“O frio tende a ressecar a mucosa das vias aéreas, e com isso, as pessoas, por suarem menos e beberem menos água, tornam-se mais suscetíveis a uma série de doenças alérgicas e infecciosas, em especial as virais”, alerta Dr. Guilhardo. Além disso, a poluição do ar se agrava durante o inverno, já que a dispersão dos poluentes não atinge grandes altitudes, irritando ainda mais as vias respiratórias.

As aglomerações em ambientes fechados durante o inverno também desempenham um papel crucial na disseminação dessas doenças. “Ambientes pouco arejados favorecem a contaminação”, observa o especialista. Essas condições não apenas comprometem a saúde, mas também afetam a qualidade de vida das pessoas, dificultando o sono e aumentando a irritabilidade.

As complicações podem levar a infecções graves, como sinusite, que se manifesta com sintomas severos, como secreção amarelada e dor facial. Outro problema frequentemente associado é a asma, que pode surgir com chiados no peito e aumento da frequência respiratória, geralmente desencadeada por alérgenos ambientais.

Durante esse período, as bronquites, tanto alérgicas quanto infecciosas, também tendem a se agravar. “Se a tosse e o catarro amarelo persistirem após uma gripe, pode ser indicativo de bronquite aguda ou pneumonia”, adverte Dr. Guilhardo.

A preocupação é ainda maior quando se fala de crianças com menos de cinco anos e idosos, cujos sistemas imunológicos são mais frágeis. “As reações alérgicas e infecções são mais severas nela. E na velhice, o agravante são as diversas doenças que podem coexistir, como problemas cardiovasculares”, completa o médico.

Pessoas obesas representam um risco adicional. Quando contraem pneumonia, têm maior probabilidade de desenvolver formas graves da doença. Por isso, é vital que todos, especialmente os grupos de risco, adotem medidas preventivas para proteger a saúde respiratória neste período crítico.

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