A Indonésia, com suas leis rigorosas contra o tráfico de drogas, se tornou cenário de uma história alarmante envolvendo um brasileiro. Yuri Bezerra da Costa, de apenas 25 anos, foi preso no aeroporto de Bali no último dia 13 de julho, após ser flagrado com uma quantidade significativa de cocaína em sua bagagem.
Nascido e criado em São Sebastião, no Distrito Federal, Yuri leva uma vida discreta nas redes sociais, onde mantém um perfil com mais de mil seguidores, mas com apenas duas fotos disponíveis ao público. No entanto, a sua vida se transformou drasticamente com esta acusação, que pode levá-lo à pena de morte, uma realidade cruel enfrentada por muitos no país.
As autoridades indonésias relataram que Yuri carregava dois sacos plásticos com a droga e, após sua prisão, afirmou que entregaria os pacotes a um morador local. No mesmo dia, uma sul-africana foi detida no mesmo aeroporto, portando substâncias semelhantes, mas, aparentemente, os casos não estão relacionados.
A Indonésia adota leis severas para o tráfico internacional de drogas. Depois de um julgamento, o homem pode ser condenado à morte.
A história de Yuri ecoa tragédias anteriores, como a de Rodrigo Muxfeldt Gularte, que foi executado em 2015 após 11 anos de prisão por tráfico de drogas, e Marco Archer Cardoso Moreira, que perdeu a vida em 2015, mesmo diante de apelos das autoridades brasileiras. Outros brasileiros, como Manuela Vitória e Kauê Campos, também enfrentam o mesmo destino sombrio, detidos sob acusações similares.
Atualmente, mais de 90 estrangeiros aguardam julgamento em situação semelhante no corredor da morte indonésio, numa realidade que desperta reflexões profundas sobre as consequências do tráfico de drogas nesta região. A última execução no país ocorreu em 2016, levantando questões sobre a aplicação da pena de morte e seu impacto na sociedade.
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