EDITORIAL
Confira o editorial de A TARDE deste sábado
Por Editorial
26/07/2025 – 4:16 h

Na foto, crianças vendendo e pedindo dinheiro nos sinais em Salvador. –
Os índices alarmantes de acidentes com crianças envolvidas em atividades laborais indicam uma realidade sombria. A afirmação de que “os números falam por si” revela um engano: por trás do aumento nos registros de “trabalho infantil”, encontra-se a luta de uma prole oprimida.
Na Bahia, mais de 171 mil jovens são explorados, representando quase 11% do total no Brasil, segundo a PNAD. Essa realidade é consequência da maior fiscalização de governantes que se comprometem com a Causa Humanitária, mas, paradoxalmente, os registros crescem, retratando uma escalada de irregularidades.
As redes de proteção à infância vêm atestando, com precisão, as ocorrências que se engrenam dentro do atual modelo econômico, erguido sobre o sofrimento de inocentes. O passado revela cicatrizes: a Nova Gazeta Renana foi a primeira a sofrer por relatar o uso de crianças em atividades perigosas nas indústrias, onde muitos perdiam a vida.
Atualmente, os riscos enfrentados por essas crianças incluem acidentes fatais e mutilações causadas por maquinários. Pais, pressionados por coronéis da terra e seduzidos pela falsa certeza de que “trabalhar é melhor que o crime”, frequentemente forçam seus filhos a tornarem-se “neoescravos”.
Os pequenos braços, ainda em formação, sustentam a lucratividade dos investidores no campo, enquanto o sistema de monitoramento falha em perceber essa exploração, que se oculta por trás da terceirização do recrutamento.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes
“`
Comentários Facebook