Neste sábado (26/7), a Polícia Civil, com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar, executou mandados de busca e apreensão contra o sargento Marcus Augusto Mendes, membro das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). Ele é acusado de matar o agente de telecomunicações Rafael Moura. Mendes, que disparou os tiros, foi indiciado por homicídio doloso qualificado.
A investigação se estende ao cabo Robson Barreto, que participou da ação. O sargento também enfrenta acusações de tentativa de homicídio, uma vez que outro policial civil, Marcos de Souza, foi ferido durante o incidente. A juíza Isabel Begalli já havia determinado previamente o afastamento cautelar de ambos os PMs, citando um padrão de conduta arriscada que poderia ameaçar a segurança pública.
Rafael Moura, que atuava na Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco), foi baleado em uma viela no Capão Redondo, na zona sul de São Paulo. Seu falecimento ocorreu em 16 de julho, após complicações na sua internação.
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O agente da Polícia Civil foi morto em 11 de julho
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Rafael Moura foi baleado por Marcus Augusto Costa Mendes, sargento da Rota
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Rafael Moura tinha 38 anos
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas residências dos policiais e no quartel da Rota. Eletrônicos e armas foram confiscados durante a operação.
A família de Moura exige a divulgação das gravações da câmera corporal do PM, que, segundo investigações no 37º Distrito Policial, revelam uma abordagem desordenada, destacando a falta de preparo e respeito aos protocolos de atuação policial. As imagens mostram Mendes disparando quatro vezes sem qualquer verbalização antes do ato.
“O meu irmão morreu porque era preto. Estava de moletom e boné, mas não estava descaracterizado. Ele estava com a identificação dele no peito”, lamentou Renata Moura, irmã de Rafael, em entrevista ao portal.
O sargento Marcus Augusto Mendes foi inicialmente afastado por 90 dias, por decisão judicial. Rafael Moura, atuando em uma incursão na zona sul, foi abordado em uma viela ao lado de outro policial civil, mesmo estando devidamente identificado. Mendes alegou ter confundido os civis com criminosos, disparando e resultando na fatalidade.
Fatos que envolvem a dupla Marcus e Robson, relacionados a outra ocorrência letal em Capão Redondo, fortaleceram a decisão de afastamento e investigação. A gravidade das ações pode levar à expulsão da corporação e à prisão por homicídio.
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