O deputado estadual Paulo Fiorilo, do PT, tomou uma atitude decisiva ao encaminhar um pedido ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) para investigar indícios de fraude nas gravações das câmeras corporais da Polícia Militar. Essa solicitação surge após a revelação alarmante de que um oficial da PM deletou uma gravação crucial relacionada à morte de Joselito dos Santos Vieira, ocorrida em março de 2024 em Santos.
No documento, Fiorilo ressalta a gravidade dos fatos e exige que o Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública (Gaesp) apure a possível prática de fraude processual e supressão de documento público. “A confiança da sociedade nas instituições de segurança pública está diretamente vinculada à existência de mecanismos efetivos de controle externo”, afirma o deputado, sublinhando a necessidade de transparência e legalidade no tratamento das provas digitais.
Conforme reportado, a major envolvida alterou o vídeo antes de sua exclusão, mudando informações fundamentais como data e identificação do policial, comprometendo a cadeia de custódia das provas. A integração das câmeras nas forças policiais é fundamental, mas se torna problemática quando vulnerabilidades no sistema permitem manipulações que podem ocultar a verdade.
O ex-PM Bruno Dias, especialista em provas digitais, elucidou as falhas do sistema, enfatizando que ele é “totalmente passível de fraude”. Segundo ele, a possibilidade de deletar vídeos e alterar informações vitais como autoria e metadados torna a localização de provas extremamente complexa. Com mais de 20 milhões de vídeos armazenados, essa manipulação pode criar um cenário caótico na validação das informações.
Em resposta à reportagem, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que uma sindicância já está em andamento para investigar as denúncias com rigor. A SSP reforça seu compromisso com a transparência e a legalidade, destacando que medidas serão adotadas se qualquer irregularidade for confirmada.
O caso levanta questões cruciais sobre a integridade das gravações e as práticas de fiscalização dentro das forças de segurança. O espaço permanece em aberto para que figuras envolvidas, como a major Adriana Leandro, possam apresentar suas versões, oferecendo uma perspectiva mais completa neste importante debate sobre a segurança pública e os direitos fundamentais.
O que você pensa sobre essa situação? Compartilhe sua opinião nos comentários e participe dessa discussão fundamental para a transparência nas instituições de segurança pública.
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