Neste domingo, 3 de setembro, as ruas de diversas cidades brasileiras foram tomadas por manifestações organizadas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Com a inspiração do lema “Reaja, Brasil”, o foco das manifestações foi criticar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os manifestantes clamaram por anistia aos réus do 8 de janeiro, pela revogação do IOF e expressaram apoio à Lei Magnitsky, revitalizada após sanções impostas por Donald Trump a Moraes.
Em Salvador, a mobilização começou às 9h no Farol da Barra, onde apoiadores demonstraram seu fervor com faixas, camisetas e bandeiras do Brasil. A atividade contou com discursos de deputados, incluindo Capitão Alden e Diego Castro, que criticaram tanto o STF quanto o governo estadual.
Belém também viveu um momento de agitação, com a presença da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que foi calorosamente recebida. No Rio de Janeiro, o governador Cláudio Castro participou ativamente da manifestação em Copacabana, onde gritos de “Magnitsky” ecoaram e foi pedida a anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro.
Em Brasília, embora a manifestação tenha sido menor, a energia estava presente com discursos de figuras bolsonaristas, como a deputada Bia Kicis. Cartazes expressando gratidão a Trump e apelos para “deixar Bolsonaro em paz” foram exibidos ao lado de bandeiras dos EUA e de Israel.
Impossibilitado de participar pessoalmente devido a uma decisão judicial, Bolsonaro se manifestou por meio de uma lista de transmissão, agradecendo o apoio recebido na luta pela liberdade.
Por trás das cenas, os organizadores expressaram preocupação com o curto comparecimento e o possível desgaste de sua base. A ausência de Bolsonaro em eventos públicos pesou na mobilização. Parlamentares do PL, como Eduardo Bolsonaro e Nikolas Ferreira, fizeram apelos nas redes sociais para aumentar a participação.
Outras capitais como Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, e muitas cidades do interior de São Paulo e Fluminense também foram cenário dos atos. A Polícia Militar do Distrito Federal não forneceu estimativas de público, enquanto nas redes sociais havia divergências sobre a quantidade de manifestantes.
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