O júri do ex-tenente da Polícia Militar, Henrique Octávio de Oliveira Velozo, acusado de assassinar o campeão mundial de jiu-jitsu Leandro Lo, teve sua sessão adiada devido a ofensas dirigidas ao promotor do caso durante os procedimentos no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo. O Ministério Público de São Paulo (MPSP) anunciou isso em uma nota oficial nesta quarta-feira.
As ofensas ocorreram na terça-feira durante o Tribunal do Júri, levando à dissolução do Conselho de Sentença, que agora remarcou a audiência para 12 de novembro. O procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, destacou o prolongamento da dor da família de Leandro Lo, que foi brutalmente assassinado aos 33 anos em agosto de 2022.
Além das palavras ofensivas, a defesa expôs também indevidamente a imagem do promotor nas redes sociais. O MPSP reafirmou seu apoio total ao promotor João Carlos Calsavara, comprometendo-se a buscar a responsabilização penal do acusado, garantindo que a Justiça seja feita em nome da família e da sociedade.
Este foi o segundo adiamento do júri, que pode resultar na condenação de Velozo por homicídio qualificado. A primeira sessão foi marcada para 22 de maio, mas foi suspensa por decisão do desembargador Marco Antônio Cogan, após os advogados do réu reivindicarem a violação do direito de defesa devido ao cancelamento de depoimentos de peritos particulares.
Em junho deste ano, Henrique Velozo foi exonerado da Polícia Militar, como resultado de uma decisão do Tribunal de Justiça Militar, que alegou que ele praticou faltas disciplinares graves.
Reveja a Tragédia
- Leandro Lo, de 33 anos, se envolveu em uma discussão com o tenente da PM em agosto de 2022 durante um show em São Paulo.
- Após o desentendimento, Velozo tentou se aproximar da mesa de Lo, mas foi imobilizado pelo lutador.
- Após ser solto, Velozo levantou-se, puxou uma arma e disparou na cabeça de Lo.
- O ex-tenente foi preso em flagrante, e apesar de treinar jiu-jitsu, era apenas um praticante amador.
- O caso foi classificado como homicídio com três qualificadoras, o que pode levar a uma pena de 12 a 30 anos de prisão.
Além do processo criminal, Velozo também enfrenta um procedimento administrativo na Justiça Militar. A reportagem tentou contato com sua defesa, mas ainda não obteve resposta.
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