Na noite de quarta-feira (6), o clima na Câmara dos Deputados esquentou com uma declaração do líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ). Ele revelou que um acordo havia sido firmado com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que, na próxima semana, fossem discutidos dois projetos polêmicos: a anistia para aqueles condenados pelos eventos de janeiro de 2023 e o tão debatido fim do foro privilegiado para autoridades.
A revelação ocorreu após a desobstrução da Mesa Diretora, que estava sob controle da oposição desde terça-feira. Em seu discurso, Motta enfatizou a necessidade de limites para protestos e a importância do respeito à Mesa Diretora, algo que, segundo ele, “é inegociável”.
Durante uma reunião com o presidente, Sóstenes confirmou que havia recebido o apoio do líder do PSD, Antonio Brito (BA), e de vice-líderes de outras legendas, como Evair de Mello (PP-ES) e Rodrigo Valadares (União Brasil-SE). “Abriremos os trabalhos na próxima semana pautando a mudança do foro privilegiado e o projeto de anistia. Estou autorizado a falar por Antonio Brito e as lideranças aqui presentes”, anunciou o líder do PL.
Pelo acordo, os líderes políticos empenharão esforços para obter apoio adicional, visando a aprovação da urgência para a discussão da anistia e da emenda constitucional que institui o fim do foro privilegiado. Essa última já recebeu parecer favorável na Comissão de Constituição e Justiça, mas ainda aguarda para ser pautada na Mesa Diretora. Se houver maioria na reunião de líderes da próxima semana, Motta promete levar a proposta ao plenário.
“É um compromisso de todos nós pautar essas matérias, começando pela retirada desse instrumento que, a certa altura, se tornou uma ferramenta de chantagem entre parlamentares, ao invés de proteção”, destacou Sóstenes.
No entanto, a oposição não permaneceu calada. O líder do PT, Lindbergh Farias (PT-RJ), contradisse a versão de Sóstenes, afirmando que o presidente da Câmara não havia acordado nada com a oposição sobre esses temas. “Não vamos votar a anistia. Eles falam isso para justificar a pressão que sofreram”, afirmou Lindbergh.
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