Ex-secretária de deputados governistas é acusada de comandar esquema de propina e manipulação de licitações do Inema

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Um delicado esquema de corrupção e crimes ambientais está sob os holofotes do Ministério Público da Bahia (MP-BA), que denunciou oito indivíduos, entre eles Maristela Tereza de Castro, ex-secretária parlamentar de Vitor Bonfim, um deputado estadual alinhado ao governador Jerônimo Rodrigues. Maristela, que atuou no gabinete de Bonfim de 2018 até maio deste ano, é descrita como a articuladora de uma rede que manipula licitações e facilita o licenciamento ambiental de forma ilegal.

A investigação revela que, entre 2018 e 2024, o grupo operava com o objetivo de acelerar processos de licenciamento ambiental em troca de vantagens financeiras. Com experiência acumulada em cargos que vai de secretária parlamentar a agente administrativa, Maristela se tornava a intermediária entre empreendedores rurais e servidores do Inema, garantindo a concessão de licenças sem a devida rigidez nas avaliações.

Dados da apuração indicam que a atuação do MP-BA se intensificou em junho, e embora Vitor Bonfim e Angelo Almeida não estejam implicados diretamente na denúncia, Maristela é chamada pelo MP de “lobista”, alguém que procurava agilizar a obtenção de autorizações para favorecer grandes empreendedores a qualquer custo.

Esse conluio, segundo a denúncia, reverte-se não apenas em danos ambientais significativos, mas também em uma grave violação da moralidade pública. O que ocorreu foi uma prática de “speed money”, onde agentes públicos obtêm benefícios em troca de acelerar processos administrativos que deveriam seguir critérios rígidos de análise e concessão.

O MP-BA ressalta que, durante esse período, as ilegalidades resultaram em concessões de licenças e autorizações que contradizem a legislação vigente, acirrando a situação ambiental da Bahia. O esquema levanta questões sobre a integridade dos órgãos reguladores e o papel que estes desempenham na proteção do meio ambiente. Entre os crimes elencados estão corrupção ativa e passiva, associação criminosa, e inserção de dados falsos em sistemas oficiais, com estimativas de que os réus teriam recebido quase R$ 16,5 milhões em propinas.

Esse caso destaca a urgência de se discutir a transparência e a ética na administração pública. Como você enxerga essas práticas na política? Deixe sua opinião nos comentários e participe dessa importante conversa.

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