Uma notável virada no cenário político brasileiro refuta os planos dos golpistas que estão sob julgamento no Supremo Tribunal Federal. Para a alegria da democracia, uma pesquisa da Datafolha, encomendado pela Ordem dos Advogados do Brasil, revela que a maioria esmagadora da população ainda acredita na democracia como a melhor forma de governo. O apoio ao sistema democrático cresceu cinco pontos percentuais, totalizando 74% dos entrevistados que acreditam que o regime democrático é sempre superior a qualquer ditadura.
Enquanto apenas 8% expressam preferência por uma dictadura, surge a questão: esses cidadãos realmente vivenciaram os horrores de regimes autoritários? Desde a ditadura militar de 64, que terminou em 1985, muitos podem apenas falar sobre isso sem ter noção do que implicava. As consequências de um regime opressor estão longe de serem um conceito abstrato.
No contexto do golpe de 8 de janeiro de 2023, a justiça propôs a libertação dos envolvidos, contanto que aceitassem cursos sobre formas de governo. Intrigantemente, muitos recusaram, sugerindo uma crença persistente na possibilidade de um retorno a um regime que favorece figuras como Bolsonaro. No entanto, suas esperanças foram frustradas. Bolsonaro, agora em prisão domiciliar, enfrenta sua própria crise, com sua liberdade atrelada a uma tornozeleira eletrônica e a necessidade de novos exames médicos.
À medida que se aproxima de uma possível condenação, seus aliados buscam desesperadamente a intercessão de ministros do Supremo. Mas, em meio a esse cenário, não há espaço para acordos. Os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, já contatados, foram abordados com propostas para negociação de penas mais leves, mas quem poderia cogitar a ideia de um perdão por parte de um futuro presidente de direita?
A realidade é dura. Muitos dos golpistas já enfrentam penas de até 17 anos de prisão, e um tratamento mais brando para o líder do movimento não faria sentido. A expectativa é que Bolsonaro enfrente penas que podem ultrapassar 30 anos, incluindo acusações de atentado à soberania nacional.
Cabe lembrar que Bolsonaro tentou apoio internacional, buscando ajuda de Donald Trump em uma entrevista ao New York Times. O filho Eduardo foi enviado aos EUA para intermediar essa relação. Trump, por sua vez, condicionou seu apoio ao acompanhamento de sanções contra ministros do Supremo, refletindo uma campanha bolsonarista ainda ativa para desacreditar a justiça brasileira.
Recentemente, assistimos a um novo episódio de golpe: parlamentares bolsonaristas tentaram atrasar o retorno da Câmara dos Deputados e do Senado, condicionando essa reabertura à aprovação de uma lei que serviria como um perdão a Bolsonaro. Porém, essa manobra falhou quando os partidos do Centrão decidiram não segui-los.
O vento da democracia sopra forte, e é essencial que continuemos atentos e participativos. O que você acha das ações recentes no Congresso? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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