Cátia Regina Raulino, autoproclamada professora de Direito, foi condenada a uma pena de 10 anos de prisão pelo Tribunal de Justiça da Bahia. A sentença, divulgada nesta sexta-feira (15), é fruto de um processo que expôs a violação de direitos autorais e o uso de documentos falsificados. Cátia plagiou obras de ex-alunos para publicar um livro, apresentando os textos como de sua própria autoria.
Além da condenação, Cátia terá que indenizar cada uma das três vítimas em R$ 10 mil, afetadas emocionalmente pela situação. Apesar da gravidade dos crimes, existe a possibilidade de que ela recorra à decisão em liberdade.
A demanda de indenização solicitada pelas universidades foi rejeitada, uma vez que não foi comprovado qualquer dano à reputação das instituições.
O caso ganhou notoriedade quando Cátia atuava como diretora do curso de Direito da UniRuy. Em 2020, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) a denunciou por falsificar documentos e plagiar suas alunas. Após um período como foragida, ela obteve liberdade provisória em 2021.
De acordo com a denúncia, Cátia se fez passar por bacharel e advogada, utilizando diplomas fraudulentos em instituições de ensino. Ao longo do tempo, ela ocupou posições de destaque em diversos cursos de Direito, incluindo coordenação de graduações e participação em bancas de exames de mestrado.
Nas redes sociais e em seu currículo Lattes, Cátia afirmava possuir graduação em Administração e em Direito pela Universidade Federal do Maranhão, além de mestrado, doutorado e pós-doutorado em prestigiadas instituições, que posteriormente foram comprovadas como inautênticas.
Ainda mais surpreendente, ela plagiou e publicou trabalhos acadêmicos de pelo menos quatro alunos que foram seus orientandos, direcionando-os a escrever sobre temas de sua suposta especialidade: Direito Tributário.
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