O governo de Luiz Inácio Lula da Silva encontra-se diante de um cenário desafiador, onde a previsão de gastos não contabilizados na meta fiscal pode ultrapassar R$ 387,8 bilhões. Essa realidade se intensifica com um pacote de socorro destinado a mitigar os impactos do aumento de tarifas promovido pelo governo dos EUA, que irá desviar R$ 9,5 bilhões da meta até 2026.
Batizado de Brasil Soberano, o plano exige a alocação de R$ 4,5 bilhões em fundos garantidores e R$ 5 bilhões em renúncias fiscais por meio do programa Reintegra, ambos considerados fora da meta. A manobra foi apresentada pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e aguarda aprovação do Congresso.
Entretanto, essa estratégia não passou despercebida. Especialistas têm levantado preocupações sobre a diminuição da credibilidade fiscal, apontando um padrão de exceções na equipe econômica em momentos críticos. De 2023 a 2026, espera-se que os gastos fora da meta alcancem, no mínimo, R$ 387,8 bilhões, segundo cálculos do Tesouro analisados por economistas.
Fábio Serrano, diretor do BTG Pactual, projeta que R$ 334 bilhões se afastarão da meta nos primeiros três anos de governo, com R$ 55 bilhões em precatórios a serem excluídos em 2024. Esse cálculo ressoa com as estimativas de Tiago Sbardelotto, ex-auditor do Tesouro, que identificou uma soma similar. O temor é que os números possam aumentar devido a novas concessões legislativas, especialmente com as eleições de 2026 se aproximando.
Além disso, os valores incluem o reajuste do Bolsa Família de 2023, dívidas judiciais deixadas pelo governo Jair Bolsonaro e medidas de emergência em resposta a desastres naturais, entre outros compromissos financeiros prevê o governo. Essa situação convida a reflexão sobre as decisões econômicas do presente e suas repercussões futuras.
Qual a sua opinião sobre esse cenário econômico? Compartilhe nos comentários!
Comentários Facebook