O advogado Siro Darlan, que defende o rapper Oruam, se posicionou de forma incisiva contra um novo projeto de lei, conhecido como “lei anti-Oruam”. Essa proposta visa restringir a contratação de artistas acusados de apologia ao crime em eventos destinados ao público infantojuvenil. Em um comunicado direcionado ao vereador Pedro Duarte, um dos proponentes da medida, Darlan descreveu a iniciativa como uma forma de “censura e preconceito”.
Darlan ressaltou que, em vez de focar em leis que limitam a expressão cultural, os parlamentares deveriam priorizar a implementação de políticas públicas que realmente atendam às necessidades da população. Ele destacou que o Rio de Janeiro carece urgentemente de avanços em áreas como serviços de assistência social, educação e infraestrutura.
“A comunidade aguarda iniciativas concretas: conselhos tutelares bem estruturados, creches e escolas de tempo integral, moradia digna e o respeito à cultura que foi moldada ao longo da nossa história”, escreveu. O advogado também sublinhou a importância de se combater a discriminação que se perpetua contra as tradições africanas trazidas pelos escravizados, clamando por uma maior promoção de igualdade e inclusão no lugar da censura.
Enquanto isso, Oruam permanece detido desde 22 de julho, após se entregar à polícia. Ele enfrenta graves acusações, incluindo tráfico de drogas e lesão corporal, que levantam questionamentos sobre o impacto social e cultural de sua obra e de outros artistas no contexto atual.
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