O deputado federal Capitão Alden (PL-BA) foi mencionado em uma decisão judicial ligada ao Inquérito 4.995/DF, que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho, Eduardo Bolsonaro. A investigação, realizada na quarta-feira (20), revelou que Bolsonaro descumpriu medidas judiciais, incluindo interações indevidas com outros investigados e o compartilhamento de mensagens em redes sociais para contornar proibições.
Documentos acessados pelos Bahia Notícias revelaram que o deputado baiano atuou como parceiro do ex-presidente. O inquérito detalha interações entre Alden e Bolsonaro, em que a Polícia Federal identificou tentativas de burlar as medidas impostas.
Em uma troca de mensagens datada de 3 de agosto de 2025, Alden questionou Bolsonaro sobre a possibilidade de enviar um áudio para a Bahia, relacionado a manifestações pró-Bolsonaro. A resposta de Bolsonaro foi de cautela, manifestando receio de comunicação direta devido às restrições judiciais, mas orientou Alden sobre como se expor publicamente em seu nome.
Alden, em busca de orientações, perguntou se poderia ligar para Bolsonaro em cinco minutos, recebendo a confirmação. A ligação, que durou 1 minuto e 14 segundos, ocorreu imediatamente após a troca de mensagens.
A participação de Alden no inquérito é evidenciada nas interações com Jair Messi as Bolsonaro, sendo identificadas pela Polícia Federal como um meio para driblar as medidas cautelares.
Pouco depois da ligação, Bolsonaro enviou a Alden um vídeo de 55 segundos da conversa, que posteriormente foi compartilhado pelo deputado em sua conta na rede social X (antigo Twitter) às 13h44min do mesmo dia. Este ato foi destacado como parte de uma estratégia para contornar a proibição de uso de redes sociais, mesmo que indiretamente.
A assessoria de Alden informou que ainda não houve notificação formal sobre o inquérito e que o deputado se pronunciará assim que for oficialmente notificado.
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