Hospital bombardeado em Gaza por Israel era usado por jornalistas para transmissões ao vivo

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Um ataque de drone israelense no hospital Nasser, localizado em Khan Younis, na Faixa de Gaza, resultou na morte de quatro jornalistas freelancers. Este local era bastante frequentado por repórteres internacionais, que utilizavam o último andar do prédio para suas transmissões ao vivo.

Os jornalistas envolvidos eram Hossam Al Masri, cinegrafista da “Reuters”; Mohamed Salama, cinegrafista da “Al Jazeera”; Mariam Abu Daqqa, repórter da “AP”; e Moaz Abu Taha, repórter da “NBC”. O ataque consistiu em dois bombardeios, com o primeiro atingindo Al Masri, que estava prestando serviço na escada de incêndio do hospital, onde as condições eram favoráveis para a cobertura de eventos na região.

Depois do primeiro impacto, colegas e socorristas correram para ajudar Al Masri e foram atingidos pelo segundo ataque. No total, pelo menos 14 pessoas perderam a vida, incluindo um fotógrafo da “Reuters” que ficou ferido e um funcionário da Defesa Civil de Gaza que não sobreviveu. Esses jornalistas viviam em tendas dentro do complexo hospitalar para garantir uma maior segurança durante a cobertura da situação em Gaza.

Segundo o governo de Gaza, desde o início da ofensiva israelense em outubro de 2023, 244 jornalistas foram mortos no enclave. Com as informações circulando apenas através de repórteres locais, o trabalho na região se tornou extremamente perigoso. O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) classifica essa ofensiva como uma das mais mortíferas para os profissionais de imprensa em décadas.

Vale destacar que, em um ataque anterior em 10 de agosto, seis jornalistas, cinco deles da “Al Jazeera”, foram mortos quando sua tenda foi bombardeada perto do hospital Al Shifa. Entre eles estava Anas al Sharif, um repórter conhecido que já havia sido alvo de ameaças israelenses, sem provas concretas.

Diante de toda essa situação, a ONG Repórteres Sem Fronteiras já solicitou ao Tribunal Penal Internacional que jornalistas palestinos sejam considerados vítimas em investigações sobre possíveis crimes de guerra cometidos por Israel durante seus ataques em Gaza.

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