André Mendonça, próximo a Jair Bolsonaro, foi designado relator dos inquéritos sobre as fraudes do INSS que agora estão no STF. Ele assume no lugar de Dias Toffoli, que bloqueou as investigações ao se declarar juiz prevento do caso.
Enquanto isso, no Congresso, a oposição conquistou a presidência e a relatoria da CPMI que investiga a bilionária fraude que afetou aposentados e pensionistas.
Qual dessas áreas de investigação traz maior risco para Lula?
O maior impacto político imediato deve vir da CPMI, especialmente se o irmão do presidente, Frei Chico, que está ligado a um sindicato suspeito, for convocado a depor. A convocação pode prejudicá-lo aos olhos da opinião pública, e os petistas já tentam evitar que isso aconteça. Caso se prove sua culpabilidade na fraude, os danos serão significativos.
Entretanto, a oposição também não sairá ilesa. As fraudes, que cresceram significativamente sob Lula, tiveram seu início durante o governo de Bolsonaro. O Palácio do Planalto pode contar com a ajuda de parte da imprensa para desviar a responsabilidade do atual presidente, tentando ligar a negligência ao seu antecessor.
É relevante considerar que a CPMI pode trazer revelações impactantes, pois examinará os governos de Dilma Rousseff e Michel Temer. Isso pode ser desastroso para Lula, pois muitas das associações envolvidas nas fraudes estão ligadas ao petismo.
Porém, a maior pressão pode vir do STF. Os inquéritos, relançados sob a supervisão de André Mendonça, prometem investigações mais profundas. Sua escolha para o lugar de Toffoli foi um movimento estratégico e, neste momento, ele parece bastante conveniente.
Com as eleições se aproximando, os principais envolvidos começam a se preparar para qualquer mudança que possa afetar suas posições.
Comentários Facebook