O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez uma aparição militar nesta sexta-feira (29), vestindo farda e visitando tropas, em um momento em que navios de guerra dos Estados Unidos começaram a chegar ao sul do Caribe, próximo à costa venezuelana. Durante sua fala, Maduro reforçou a necessidade de “defender a paz e a soberania nacional”, em resposta às acusações do governo americano que o classifica como narcotraficante.
“Estamos mais fortes do que ontem, mais preparados para defender a paz, a soberania e a integridade territorial”, declarou Maduro aos seus militares, ressaltando que a nação está unida em momentos de pressão externa. Os Estados Unidos anunciaram o deslocamento de cinco navios de guerra e a mobilização de cerca de 4 mil soldados na região, com o objetivo de realizar manobras de combate ao narcotráfico.
Além disso, a recompensa oferecida por Washington pela captura de Maduro chegou a US$ 50 milhões. O presidente venezuelano, por sua vez, desconsiderou as ameaças, afirmando que os EUA não conseguirão entrar na Venezuela.
Maduro também convocou a população para uma nova jornada de alistamento da Milícia Bolivariana, um grupo militar formado por civis com uma forte ideologia ideológica. O número de membros da milícia é estimado em 4,5 milhões, embora especialistas questionem essa cifra. Durante a mobilização, os milicianos destacaram frases que reafirmam a fidelidade ao regime.
Em um movimento que visa fortalecer laços, Maduro celebrou a parceria de segurança com a Colômbia, após a decisão do presidente colombiano de militarizar a região do Catatumbo. Ele enfatizou a importância da cooperação entre os dois países pela “paz, prosperidade e soberania”.
A narrativa de uma possível invasão americana tem ocupado o centro das discussões na Venezuela. Embora especialistas não vejam uma incursão terrestre iminente, a especulação continua a repercutir nas ruas e nas redes sociais. O governo de Maduro tem aproveitado essa situação para estimular o alistamento na milícia, enquanto a oposição considera essas movimentações como um sinal de que o regime está em declínio.
Maria Corina Machado, uma das principais vozes da oposição, agradeceu ao governo Trump por sua abordagem em relação ao regime venezuelano e incentivou os cidadãos a se oporem ao recrutamento da milícia, ressaltando a necessidade de “desobediência” ao governo. Comentários críticos sobre a manipulação das esperanças dos venezuelanos por parte da oposição também foram expressos por analistas, que alertam sobre a falta de práticas realistas nas promessas de mudança.
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