Cristãos enfrentam aumento de crimes de ódio e repressão do governo na Turquia

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Cristãos na Turquia estão enfrentando um aumento alarmante de crimes de ódio motivados pela religião, segundo o Relatório de Violações dos Direitos Humanos de 2024, publicado pela Associação de Igrejas Protestantes. Este estudo revela que, apesar das promessas do governo turco em proteger a liberdade religiosa, a situação para os cristãos protestantes se deteriorou.

O relatório aponta que ataques verbais e físicos contra indivíduos e instituições cristãs aumentaram. Um dos incidentes mais preocupantes aconteceu em 31 de dezembro de 2024, quando um homem disparou tiros contra o prédio da Igreja da Salvação em Çekmeköy enquanto insultava os que celebravam o Ano Novo, afirmando que não permitiria a “lavagem cerebral” da juventude muçulmana.

Outros ataques incluíram disparos em um prédio de igreja em Eski?ehir em janeiro de 2024, sem qualquer investigação policial sobre o caso. Também em dezembro, uma professora de inglês cristã perdeu seu emprego por razões não esclarecidas, recebendo avisos sobre suas associações e amizades.

Incidentes de vandalismo e discurso de ódio se multiplicaram em várias cidades. Um Novo Testamento foi queimado em Ku?adas? e membros da Igreja de Kayseri sofreram um ataque a suas instalações. Em Bahçelievler, tentativas de arrombamento foram feitas contra uma igreja local, enquanto em ?zmir, membros foram ameaçados verbalmente.

Além dos ataques físicos, os cristãos também têm enfrentado hostilidade nas redes sociais, onde discursos de ódio têm se proliferado. Um pastor foi alvo de ataques online, com pedidos para que as autoridades tomassem providências contra ele após as celebrações de Natal.

A situação é ainda mais complicada para cristãos estrangeiros na Turquia. Entre 2019 e 2024, 132 cidadãos de diversos países receberam proibições de entrada, dificultando o trabalho e a liderança espiritual nas congregações. Assim, líderes locais não são aceitos como profissionais pelas autoridades, gerando uma crise humanitária nas comunidades religiosas.

Diversas congregações protestantes enfrentam dificuldades para encontrar locais de cultos e sobreviver sem reconhecer suas propriedades. Com uma escassez de edifícios de culto disponíveis, as comunidades enfrentam altos custos de aluguel e a falta de oportunidades para treinar líderes religiosos.

A Associação de Igrejas Protestantes recomenda que as autoridades públicas sejam treinadas sobre os direitos à liberdade religiosa e que as políticas que restringem a entrada de protestantes estrangeiros sejam revistas.

A situação dos cristãos na Turquia é uma questão que requer atenção e debate. O que você pensa sobre essa realidade? Deixe sua opinião nos comentários.

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