A CPMI que investiga descontos indevidos em aposentadorias e benefícios do INSS realizou nesta segunda-feira (31) sua segunda oitiva. O colegiado tem um prazo de 180 dias para concluir seus trabalhos e já aprova um plano de análise que inclui pedidos de quebra de sigilo bancário, além da convocação de escritórios de contabilidade, entidades e advogados.
O advogado ouvido nesta fase é considerado fundamental por ter reunido documentos e registros eletrônicos que revelaram o alcance do esquema de filiações falsas e cobranças ilegais sobre aposentados. Parlamentares afirmam que as evidências indicam o uso irregular de dados de segurados, com a participação de empresas e entidades privadas.
Segundo o comentarista João Belut, o depoimento é vital, uma vez que o advogado trouxe um conjunto consistente de provas. Ele comenta que denúncias sobre esses descontos já surgiam há tempos, mas a apuração não avançava. O que se espera agora é um relatório claro, com evidências robustas, para que os responsáveis sejam punidos adequadamente. Belut também alerta que o esquema pode envolver não apenas o setor privado, mas servidores públicos. Esse tipo de fraude, que envolve acesso a dados e informações bancárias sigilosas, exige responsabilidade real e não apenas uso político da comissão.
O analista Henrique destacou que o crescimento deste tipo de fraude nos últimos anos só foi possível devido à participação de pessoas dentro do governo que deveriam fiscalizar. Ele reforçou que a impunidade pode prevalecer, já que o esquema atinge diferentes partidos e figuras políticas. Henrique enfatizou ainda que, independentemente do resultado da CPMI, são os contribuintes que arcam com o prejuízo. “Estamos falando de uma fraude contra pessoas extremamente vulneráveis. A punição precisa ser exemplar”, concluiu.
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