A missionária Gena Heraty, diretora do orfanato Sainte-Hélène em Kenscoff, nos arredores de Porto Príncipe, foi libertada após quase um mês em cativeiro. Ela foi sequestrada no dia 3 de agosto, junto com outras nove pessoas, incluindo uma criança de três anos, em um incidente que causou apelos globais por sua libertação.
Na última sexta-feira (29), a família de Gena confirmou sua liberdade e expressou gratidão a todos os que trabalharam para garantir seu retorno seguro. “Somos profundamente gratos a todos, no Haiti e no exterior, que ajudaram durante essas semanas difíceis”, disseram.
O vice-primeiro-ministro irlandês Simon Harris confirmou que Gena e os outros reféns estão “seguros e bem”. Ele elogiou a resiliência da família Heraty e ressaltou a necessidade de reconhecer os desafios enfrentados pela população haitiana.
Além de agradecer ao apoio recebido, a família pediu respeito pela privacidade de Gena enquanto ela se recupera do trauma. Eles reiteraram sua esperança por paz e segurança no Haiti, afetado pela crescente violência e insegurança.
O sequestro de Gena destacou a grave situação em Kenscoff, que tem sido alvo constante de gangues armadas, exacerbada por um aumento significativo da violência no país em 2025. Dados da ONU mostram que, no primeiro semestre deste ano, quase 350 pessoas foram sequestradas e mais de 3.100 assassinadas, levando ao deslocamento de aproximadamente 1,3 milhão de indivíduos.
A violência das gangues e os sequestros são desafios diários em Porto Príncipe, onde cerca de 85% da cidade está sob controle de facções armadas. Apesar de esforços das forças de segurança, a situação continua crítica.
Agora que Gena está livre, sua cidade natal aguarda por sua volta, enquanto todos torcem por um futuro mais seguro para todos no Haiti. O que você acha sobre a situação no país? Compartilhe sua opinião nos comentários.
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