O Congresso Nacional, hoje dominado pela direita e pela extrema direita, enfrenta um momento crítico. Os partidos do Centrão têm a maioria nas duas casas, e a expectativa é de que o próximo Congresso, a ser eleito em 2024, possa perpetuar esse quadro desafiador.
Com dinheiro público fluindo sem transparência, os parlamentares utilizam recursos do orçamento para garantir sua permanência no poder, muitas vezes em proveito próprio. Ideias controversas, nomeadas como projetos de lei ou propostas de emenda à Constituição, estão proliferando, tendo um impacto negativo no país. A Constituição de 1988, por exemplo, está sendo modificada rapidamente.
Entre as propostas, uma se destaca: a que pretende retirar do Supremo Tribunal Federal o poder de investigar parlamentares. A ideia é que buscas em gabinetes só possam ocorrer com a autorização da Câmara ou do Senado, enquanto a prisão de parlamentares seria um tabu.
Além disso, o Congresso procura obter o poder de demitir diretores do Banco Central que não atuem de acordo com critérios indefinidos de “interesses nacionais”. E a legislação acaba sendo moldada conforme a conveniência, ignorando a opinião da maioria da população.
Um exemplo é a percepção de que houve uma tentativa de golpe para anular a vitória de Lula nas eleições de 2022. A maioria dos brasileiros se opõe ao retorno de Bolsonaro, mas o Congresso parece pronto para aprovar uma anistia que beneficiaria ex-presidentes e militares acusados de golpe, mesmo que isso vá contra a Constituição.
Os parlamentares sabem que essa anistia, se aprovada, provavelmente será barrada pelo Supremo. No entanto, a direita e a extrema direita procuram capitalizar essa situação para fortalecer a candidatura de Tarcísio de Freitas às eleições presidenciais de 2026.
Tarcísio já se alinha aos defensores da anistia, apostando na extrema direita para conquistar os votos que lhe faltam. O Congresso, que já se tornou um verdadeiro campo de batalha, pode deixar marcas duradouras em mais uma tentativa de golpe.
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