Suprema Corte de Israel diz que governo não oferece comida suficiente para prisioneiros

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Neste domingo (7), a Suprema Corte de Israel fez uma declaração importante sobre o tratamento dos prisioneiros palestinos. O tribunal determinou que o governo não está cumprindo sua obrigação de fornecer alimentação suficiente para garantir a subsistência básica dos detentos. Esta decisão é notável, pois é uma das raras ocasiões em que o mais alto tribunal do país critica diretamente a conduta do governo em meio à guerra contra o grupo terrorista Hamas.

Desde o início do conflito, há quase dois anos, Israel prendeu milhares de pessoas em Gaza, suspeitas de ligação com o Hamas. Muitas dessas detenções ocorreram sem acusações formais, e vários prisioneiros foram liberados após meses atrás das grades. Grupos de direitos humanos relataram abusos generalizados nas prisões israelenses, como falta de alimentação adequada, cuidados médicos insuficientes e condições de higiene precárias. Em um caso trágico, um adolescente palestino de 17 anos faleceu em uma prisão, com a inanição sendo uma causa provável da morte.

A decisão da Suprema Corte foi uma resposta a uma petição de órgãos de direitos civis, incluindo a Associação pelos Direitos Civis em Israel e Gisha, que alegaram que uma mudança na política alimentar após o início da guerra levou a prisioneiros a sofrerem de má nutrição e fome. O tribunal, por unanimidade, afirmou que o Estado tem a responsabilidade legal de garantir alimentação suficiente para os prisioneiros, ressaltando que a oferta atual não atende aos padrões legais necessários.

O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, criticou a decisão, afirmando que enquanto os reféns israelenses em Gaza estão à mercê dos sequestradores, a Suprema Corte está “defendendo terroristas do Hamas”.

Paralelamente à decisão da Corte, o Exército israelense anunciou bombardeios em outros edifícios na Cidade de Gaza, intensificando sua ofensiva na região. O Premier Benjamin Netanyahu havia informado que as Forças de Defesa de Israel estavam “ampliando” suas operações. Na semana passada, o exército atingiu um edifício que supostamente estava sendo utilizado pelo Hamas para monitorar as tropas israelenses.

Essas ações e decisões destacam um momento delicado e complexo na região, refletindo a tensão contínua entre Israel e o Hamas. O que você pensa sobre a situação atual? Deixe sua opinião nos comentários!

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