Na última segunda-feira, 8 de outubro, o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), Zé Trindade, iniciou uma iniciativa voltada para a inclusão das mulheres no mercado de trabalho da construção civil. O projeto ocorre na Cidade Baixa, em Salvador, e é parte das obras de micro e macrodrenagem na região.
O curso, intitulado “Construa com Elas”, é exclusivo para mulheres que vivem na área impactada. A primeira turma, realizada no Conselho Comunitário de Vila Ruy Barbosa, conta com 20 participantes que aprenderão sobre assentamento de alvenaria, colocação de pisos, pintura de superfícies e noções de instalações prediais. Ao todo, são 40 horas de aulas, distribuídas em dez dias, com quatro horas de aula por dia. Novas turmas e cursos serão oferecidos ao longo das obras.
Zé Trindade enfatizou a importância de ir além da execução de obras, destacando que o objetivo do Governo do Estado é transformar vidas. “Vamos combater os alagamentos, mas também promover mudanças sociais significativas”, disse ele. Segundo Trindade, essa capacitação pode ser um divisor de águas para as mulheres da região. “É a chance de inseri-las no mercado de trabalho, inclusive nas obras do governo, seguindo uma orientação do governador Jerônimo Rodrigues”, afirmou.
Duas alunas do curso, Rosimere Sousa, de 59 anos, e Larissa Monteiro, de 27, compartilham suas expectativas. Rosimere, que sempre cuidou da família, vê essa oportunidade como um novo começo. “Quero conquistar minha independência e meu sustento. Já ajudei meu ex-marido em obras, mas agora vou aprender de verdade. Nós, mulheres, vamos conseguir”, disse emocionada.
Larissa, por sua vez, se sente atraída pela construção civil devido à sua curiosidade. “Já fiz curso técnico em segurança do trabalho e quero crescer na área. Esse curso é fundamental para eu conquistar meu espaço no mercado”, declarou.
O programa “Construa com Elas” faz parte do Projeto de Trabalho Social (PTS) da Conder, que também oferece cursos e oficinas voltados a outros públicos em áreas como alimentação, meio ambiente, saúde e bem-estar. Essas ações reforçam o papel social das obras públicas, promovendo transformação coletiva e fortalecimento do território.
O que você acha dessa iniciativa? Acredita que ações como essa podem realmente mudar a vida das mulheres na construção civil? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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