Bahia registra mais de 2 mil internações por envenenamento em 10 anos, aponta pesquisa

A Bahia se destaca como o sexto estado com o maior número de internações hospitalares por envenenamentos no Brasil, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede). No total, o Brasil registrou 45.511 atendimentos de urgência relacionados a envenenamentos entre 2015 e 2024, com 2.274 ocorrências na Bahia.

Esses dados, coletados do Sistema Único de Saúde (SUS), revelam que o país tem uma média de 379 casos por mês, o que equivale a 12,6 internações diárias. Para se ter uma ideia, isso significa que, a cada duas horas, alguém é internado em estado de emergência devido à ingestão de substâncias tóxicas.

Nos números gerais, a Bahia fica atrás apenas de estados como São Paulo (10.161), Minas Gerais (6.154), Paraná (3.764), Rio Grande do Sul (3.278) e Santa Catarina (2.588). É importante ressaltar que, entre os anos analisados, 2014 e 2017 foram os que mais registraram internações na Bahia, com 257 e 256 casos, respectivamente. Em âmbito nacional, os anos de 2023 e 2024 mostraram os maiores números, com 5.535 e 5.560 registros, respectivamente.

A pesquisa também destacou que, embora a maioria dos casos seja de envenenamentos acidentais ou indeterminados, houve 3.461 intoxicados (aproximadamente 7,6%) que sofreram envenenamentos intencionais. A maior parte das internações foi causada por “produtos químicos não especificados”, que somam 6.556 casos. Outras causas incluem “drogas e medicamentos não especificados” (6.407), “drogas/biológicas não especificadas” (5.455) e “substâncias químicas nocivas não especificadas” (5.104).

Entre as causas identificáveis, a exposição a analgésicos e medicamentos para dor, febre e inflamação lidera com 2.225 internações. Em seguida, aparecem os casos relacionados ao álcool (1.954), anticonvulsivantes, sedativos e hipnóticos (1.941), além de pesticidas (1.830).

Esses dados são um alerta sobre a necessidade de conscientização e prevenção em relação aos riscos de envenenamento. O que você acha sobre essa situação? Compartilhe sua opinião nos comentários.