Após uma sequência de cinco dias de queda, o dólar à vista voltou a apresentar volatilidade nesta quarta-feira, encerrando o dia cotado a R$ 5,3012, um aumento de 0,06%. Durante o dia, a moeda variou entre R$ 5,3132 e R$ 5,2762. Ao longo de setembro, o dólar acumulou uma desvalorização de 2,23% e 14,22% no ano.

A instabilidade foi impulsionada pela decisão do Federal Reserve (Fed), que cortou a taxa básica em 25 pontos-base, levando-a para a faixa entre 4,00% e 4,25%. Essa ação é um reflexo da deterioração do mercado de trabalho nos EUA. As previsões dos dirigentes do Fed mantêm a expectativa de um corte total de 75 pontos-base até o fim do ano.

A decisão de política monetária não teve o apoio unânime de todos os diretores do Fed. O economista Stephen Miran, indicado por Donald Trump, propôs um corte mais amplo de 50 pontos-base. Após o anúncio da redução, o dólar inicialmente perdeu força, mas rapidamente se estabilizou ao redor de R$ 5,30.

Na coletiva, Jerome Powell, presidente do Fed, reiterou que as futuras decisões de juros dependerão dos dados que surgirem entre as reuniões do FOMC. Ele enfatizou a importância de controlar a inflação sem permitir que ela se torne persistente.

Ibovespa alcança novo recorde e supera 145 mil pontos

O Ibovespa teve um dia positivo, atingindo a marca de 146.330,90 pontos durante a sessão. Essa alta foi alimentada pela confirmação do corte na taxa de juros pelo Fed. Ao fechar o dia em 145.593,63 pontos, o índice registrou uma alta de 1,06% e um volume de negociação de R$ 45,2 bilhões.

Após uma leve correção na sexta-feira anterior, o Ibovespa garantiu seu terceiro recorde consecutivo. No entanto, a volatilidade nos mercados de Nova York impactou o índice, que se viu perdendo um pouco de fôlego após declarações de Powell.

O setor financeiro brilhou, com ações como Bradesco e RD Saúde subindo até 6,06%. Entre as poucas quedas do dia, C&A e Marfrig registraram perdas, refletindo a volatilidade do mercado.

O cenário revela um ambiente de juros mais baixos, que promove um otimismo entre os investidores, especialmente nas ações cíclicas. Os resultados mostram a resiliência do mercado local, apesar das incertezas internacionais.

Como você vê essas movimentações do dólar e do Ibovespa? Deixe sua opinião nos comentários. Vamos conversar!