A França viveu uma intensa onda de protestos nesta quinta-feira, 18 de setembro de 2025. Cerca de 800 mil pessoas se mobilizaram em 250 cidades, em um movimento chamado “Vamos bloquear tudo.” Os protestos surgem no contexto das discussões sobre o orçamento de 2026, que inclui cortes significativos, conduzidos pelo novo primeiro-ministro, Sebastian Lecnu, que assumiu o cargo há apenas uma semana.
Os manifestantes expressaram seu descontentamento principalmente em relação a medidas como o aumento de impostos, a retirada de dois feriados para impulsionar a atividade econômica e a rejeição à cobrança adicional para os mais ricos. Entre as propostas da oposição de esquerda, destaca-se a taxação de fortunas superiores a 100 milhões de euros, com uma alíquota anual de 2%.
Os protestos impactaram serviços essenciais em várias regiões, com escolas, trens, metrôs e farmácias fechados. Em algumas localidades, houve confrontos entre manifestantes e policiais, além de relatos de vandalismo e incêndios. Essa tensão também reflete um impasse no parlamento, onde partidos de diferentes espectros políticos não conseguem chegar a um consenso sobre o ajuste fiscal necessário.
Embora a medida de taxar os “super ricos” tenha ganhado apoio popular, enfrenta resistência do setor empresarial, que é uma das bases de apoio ao presidente Emmanuel Macron. Segundo analistas, Macron se encontra em uma encruzilhada: atender à pressão popular pode fragilizar sua base política e comprometer as chances de seu partido nas próximas eleições, agendadas para o início de 2027. A expectativa é que o governo aguarde a diminuição das tensões antes de tentar negociar diretamente com os diferentes blocos políticos.
E você, o que pensa sobre essa situação? Deixe sua opinião nos comentários e vamos conversar sobre o futuro da França e as repercussões desses protestos.

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