Israel promete empregar ‘força sem precedentes’ na Cidade de Gaza

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Nesta sexta-feira (19), o Exército israelense emitiu um alerta sobre o uso de “força sem precedentes” na Cidade de Gaza. Os moradores foram instruídos a fugir para o sul, logo após o fechamento de uma rota de saída que havia sido disponibilizada 48 horas antes. A ofensiva terrestre e aérea contra Gaza, iniciada na terça-feira (16), visa “eliminar” o Hamas, após o ataque do grupo em 7 de outubro de 2023, que desencadeou o atual conflito.

A situação se agravou, resultando em uma grave crise humanitária na região. Muitas pessoas estão deixando suas casas e seguindo para o sul, seja a pé ou em carroças puxadas por burros. O porta-voz militar israelense, Avichay Adraee, afirmou que a estrada Salah al-Din está agora fechada para tráfego nessa direção, alertando que as Forças de Defesa de Israel continuarão sua operação contra o Hamas e outras organizações terroristas.

A nova rota temporária, aberta recentemente, tinha sido mantida apenas até meio-dia (6h00 de Brasília) e permitia que os habitantes evacuassem pela principal via que cruza a Faixa de Gaza, um território sob controle do Hamas desde 2007. Essa advertência ocorre a poucos dias da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York, onde países ocidentais, como França e Reino Unido, devem reconhecer o Estado Palestino.

A única saídas disponível é pela rua Al-Rashid, e o porta-voz pediu aos moradores que aproveitassem a oportunidade para se juntar aos muitos que já estão em direção ao sul, em busca de segurança. Em um relato angustiante, Sami Baroud, um morador de Gaza, expressou sua impotência: “Perdemos tudo: nossas vidas, nosso futuro, nossa sensação de segurança.” Ele ainda se questionou como poderia deixar a cidade sem recursos para o transporte.

A ofensiva de Israel, que tem o apoio dos Estados Unidos, coincide com a divulgação de um relatório de uma comissão independente da ONU. O documento acusa Israel de cometimento de um “genocídio” no território palestino, responsabilizando o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e outros altos funcionários. Israel, por sua vez, refutou essas alegações, chamando o relatório de tendencioso.

Desde o ataque em outubro, 1.219 pessoas foram mortas em Israel, a maioria civis, enquanto a retaliação israelense resultou na morte de mais de 65.100 palestinos na Faixa de Gaza, também em sua maior parte civis, segundo números do Ministério da Saúde do território, considerados válidos pela ONU.

O cenário em Gaza é angustiante e gera muitas interrogações. Como você vê essa situação? Quais são suas expectativas em relação à Assembleia Geral da ONU? Compartilhe sua opinião nos comentários abaixo.

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