O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo IBGE, mostrou que a inflação de setembro registrou um aumento significativo de 0,48%. Este crescimento vem após uma queda de -0,14% em agosto. A elevação foi impulsionada, principalmente, pelo aumento nos preços da energia elétrica.
Entre agosto e setembro, a variação geral dos preços foi de 0,62%, revertendo a queda de 0,47% verificada entre julho e agosto. Este é o maior resultado desde março deste ano, quando a inflação foi de 0,64%. No acumulado do ano, o IPCA-15 apresenta uma alta de 3,76%, e nos últimos 12 meses, a variação chegou a 5,32%, superando os 4,95% dos 12 meses anteriores. Em setembro do ano passado, a taxa havia sido de apenas 0,13%.
O grupo Habitação teve o maior impacto no índice, com uma alta de 3,31% em setembro, após uma queda de 1,13% em agosto. Os preços da energia elétrica residencial, que tiveram uma queda de 4,93% no mês passado, subiram 12,17% em setembro, sendo responsável por 0,47% do índice. Essa alta se deve ao fim do Bônus de Itaipu, que impactou as faturas de agosto.
Desde 1º de setembro, a bandeira tarifária vermelha patamar 2 aumentou em R$ 7,87 a conta de luz a cada 100 kWh consumidos. Além disso, Belém viu um reajuste de 4,25% nas tarifas, enquanto em Salvador, a taxa de água e esgoto também teve um aumento de 4,97% desde 18 de julho, contribuindo para os resultados do grupo Habitação.
No mês de setembro, quatro dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram alta. Vestuário subiu 0,97%, Saúde e cuidados pessoais 0,36%, Despesas pessoais 0,20% e Educação 0,03%. Por outro lado, Alimentação e bebidas (-0,35%), Transportes (-0,25%), Artigos de residência (-0,16%) e Comunicação (-0,08%) sofreram variações negativas.
O grupo Alimentação e bebidas registrou seu quarto recuo consecutivo, com uma queda de 0,35% em setembro, após -0,53% em agosto. A redução nos preços de itens como tomate (-17,49%), cebola (-8,65%), arroz (-2,91%) e café moído (-1,81%) pesou no resultado, enquanto as frutas tiveram alta média de 1,03%.
No que diz respeito à alimentação fora do domicílio, a subida dos preços desacelerou de agosto (0,71%) para setembro (0,36%). Esta mudança ocorreu devido a aumentos menos intensos nos custos de lanches e refeições.
Analisando os índices regionais, todas as capitais do país apresentaram alta em setembro, com Recife registrando a maior variação, de 0,80%, impulsionada pelo aumento nos preços da energia elétrica (10,69%) e da gasolina (4,78%). Salvador, por sua vez, teve uma prévia de inflação de 0,32%, o terceiro menor valor entre as capitais.
No trimestre, o IPCA-15 de Salvador foi de 0,24%, inferior à média nacional de 0,67%. Já nos últimos 12 meses, a inflação na capital baiana foi de 4,74%, bem abaixo da média nacional de 5,32%.
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