O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, está prestes a se reunir com o ex-presidente Jair Bolsonaro em sua casa em Brasília nesta segunda-feira. Este será o primeiro encontro entre os dois desde a condenação de Bolsonaro, que recebeu uma pena de 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado, determinada pelo Supremo Tribunal Federal.
A visita de Tarcísio acontece em um momento em que o governador tem adotado um comportamento mais discreto nas últimas semanas, priorizando questões locais de São Paulo e afastando-se da postura de presidenciável que havia compactuado desde junho deste ano.
Após ter feito várias referências ao bolsonarismo e de se engajar na articulação de um projeto de anistia que beneficiaria Bolsonaro, Tarcísio decidiu se reservar. Essa mudança de atitude se deve, em parte, às críticas que começou a receber, tanto da oposição quanto de setores da opinião pública, que perceberam um distanciamento do governador em relação à sua imagem de moderado. Essa guinada também incomodou alguns ministros do STF.
Quando questionado sobre a intenção da visita, Tarcísio negou que o encontro tenha relação com sua possível candidatura ou com a anistia para aqueles envolvidos em atos golpistas. Ele afirmou: “Eu vou visitar um amigo e prestar solidariedade a ele. Sempre me preocupo e tenho consideração por alguém que foi importante para mim”.
Em resposta a rumores sobre um apoio de Bolsonaro à sua candidatura à presidência contra Luiz Inácio Lula da Silva, Tarcísio esclareceu: “Não deu aval nenhum e eu sou candidato à reeleição. Não tem nada disso”.
Desmotivação com a candidatura à Presidência
O governador revelou a aliados que está desestimulado em concorrer à presidência, devido à desorganização da direita e resultados negativos nas pesquisas. Ele tem se concentrado em suas obrigações em São Paulo, realizando eventos por diversas localidades, como Presidente Prudente, Guarulhos e Campinas.
Esse novo foco contrasta com sua agenda anterior de presidenciável, na qual participava de eventos de alcance nacional e promovia sua imagem publicamente. A visita a Brasília para se reunir com lideranças partidárias anteriormente alimentou especulações sobre uma candidatura. No entanto, ele cancelou um encontro planejado com Bolsonaro no dia 15 de setembro, que havia sido adiado para hoje devido a uma autorização judicial.
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