O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) iniciou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o juiz Carlos Carvalho Ramos de Cerqueira Júnior. A decisão, assinada pela presidente do tribunal, desembargadora Cynthia Maria Pina Resende, foi publicada nesta segunda-feira (29) e visa investigar a conduta do magistrado durante o exercício de suas funções.
Essa medida resulta de uma sindicância anterior, cujos resultados foram discutidos em uma sessão do Tribunal Pleno no dia 20 de agosto. Segundo a portaria, há indícios de que o juiz, atuando como substituto na 7ª Vara Cível de Salvador, teria tomado decisões e proferido sentenças mesmo na presença de uma juíza auxiliar designada para aquela unidade.
Essa atuação do magistrado pode ser considerada uma violação dos deveres funcionais previstos na Lei Orgânica da Magistratura Nacional e na Lei de Organização Judiciária do Estado. A acusação central é que ele invadiu a competência que deveria ser da juíza auxiliar.
O processo será conduzido sem o afastamento do juiz do cargo, garantindo-lhe o direito a ampla defesa durante as investigações. A portaria também determina que o incidente seja comunicado à Corregedoria Nacional de Justiça e à Corregedoria-Geral do próprio TJ-BA.
Esse caso levanta questões importantes sobre a atuação dos magistrados e a ética no sistema judiciário. O que você acha disso? Deixe sua opinião nos comentários.
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