O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reunirá nesta segunda-feira (29) com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca. O encontro visa promover um novo plano de paz para Gaza. Trump acredita que está próximo de um acordo que pode pôr fim à guerra em Gaza, liberar reféns mantidos pelo Hamas e desarmar o grupo palestino, após conversas com líderes árabes na semana passada.
Em sua plataforma Truth Social, Trump afirmou: “Temos uma oportunidade real de alcançar algo grandioso no Oriente Médio. Vamos conseguir!” O plano, segundo relatos do *The Times of Israel* e do portal Axios, inclui um cessar-fogo imediato, a liberação de todos os reféns vivos ou mortos em 48 horas e a retirada gradual das forças israelenses de Gaza. Como contrapartida, Israel soltaria mais de 1.000 prisioneiros palestinos, incluindo alguns com penas perpétuas.
No entanto, Netanyahu tem se mostrado cético. Durante um discurso na Assembleia Geral da ONU, ele afirmou que aceitar a criação de um Estado palestino seria “um suicídio nacional” e expressou sua intenção de “terminar o trabalho” em Gaza o mais rápido possível. No contexto atual, centenas de milhares de palestinos foram forçados a deixar suas casas nas últimas semanas devido à ofensiva militar israelense.
Esta será a quarta visita de Netanyahu à Casa Branca desde que Trump assumiu a presidência em janeiro. O presidente dos EUA, que sempre foi um forte aliado de Netanyahu, manifestou descontentamento com a situação atual, especialmente após advertências sobre planos de anexação da Cisjordânia e críticas a ataques israelenses contra líderes do Hamas no Catar.
Trump demonstrou otimismo sobre as negociações após reuniões com líderes árabes. Há discussões sobre uma possível Autoridade Internacional de Transição em Gaza, que funcionaria sob a supervisão da ONU e de países do Golfo, até a eventual entrega do controle a uma Autoridade Palestina reformada.
Por outro lado, Netanyahu também expressou dúvidas sobre a viabilidade de reformar a Autoridade Palestina, enfatizando que a mudança de diretrizes seria extremamente difícil.
Na região, os sentimentos são mistos. Muitos moradores de Gaza estão céticos em relação a Trump, considerando que seu apoio a Netanyahu poderia intensificar a destruição e o deslocamento de palestinos. Outros, no entanto, têm esperanças moderadas quanto ao plano de paz e ao desejo de que a guerra e os conflitos cessem.
A guerra em Gaza começou em 7 de outubro de 2023, após um ataque do Hamas a Israel, que resultou na morte de mais de 1.200 israelenses, a maioria civis. A ofensiva de Israel, por sua vez, deixou mais de 66.000 palestinos mortos, também em sua maioria civis, de acordo com autoridades de saúde em Gaza.
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