Plano de paz de Trump adia decisão da Uefa sobre possível exclusão de Israel

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Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um plano de paz para encerrar a guerra na Faixa de Gaza. Esse movimento provocou a Uefa a suspender temporariamente a votação que decidia sobre a exclusão de Israel de suas competições. Segundo o jornal The Times, a entidade avaliou que este não era o momento apropriado para deliberar sobre o tema, preferindo dar espaço à proposta americana.

O plano elaborado por Trump, em parceria com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, possui 20 pontos. As propostas incluem um cessar-fogo permanente, libertação de reféns, estabelecimento de um governo palestino temporário sob supervisão internacional e um compromisso de Israel em não anexar a Gaza.

Esse esforço não passou despercebido. O plano recebeu apoio de oito países árabes: Catar, Arábia Saudita, Egito, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Paquistão, Indonésia e Turquia, que o classificaram como um “esforço sincero” para promover a paz.

A Uefa enfrenta forte pressão internacional para excluir Israel, em um movimento comparado ao banimento da Rússia após sua invasão na Ucrânia em 2022. Especialistas independentes da ONU, além de federações da Turquia e Noruega, já se manifestaram a favor da suspensão. A presidente da federação norueguesa, Lise Klaveness, por exemplo, argumentou que, se a Rússia está fora, Israel também deveria estar. Ela também anunciou que a renda do jogo contra Israel, marcado para 11 de outubro, seria destinada à ajuda humanitária em Gaza, embora o confronto esteja ameaçado de cancelamento.

Na Espanha, o primeiro-ministro Pedro Sánchez defendeu a exclusão de Israel das competições internacionais. Há até discussões sobre um boicote à Copa do Mundo de 2026, caso a seleção israelense se classifique. Protestos a favor da Palestina já ocorreram durante a Volta a Espanha deste ano, resultando no cancelamento da etapa final.

Além das federações, cerca de 50 atletas enviaram uma carta à Uefa solicitando a suspensão de Israel, afirmando que é impossível permanecer neutro diante do que consideram um “genocídio em curso”.

Por outro lado, os EUA se opõem a qualquer sanção. Um porta-voz do Departamento de Estado declarou à Sky News que “trabalharemos para impedir qualquer tentativa de banir a seleção nacional de futebol de Israel da Copa do Mundo”.

O cenário é tenso e os desdobramentos dessas decisões podem impactar muito mais do que apenas o futebol. O que você pensa sobre essa situação? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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