O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, Júlio Bonfim, manifestou descontentamento com a decisão da montadora BYD de liberar os funcionários da fábrica apenas no dia 18 de outubro, e não no dia 9, quando ocorrerá a inauguração oficial. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve estar presente no evento.
Bonfim usou suas redes sociais nesta sexta-feira (3) para criticar a montadora. Segundo ele, essa decisão impede que os trabalhadores participem de um momento histórico. O sindicalista também mencionou que propôs um sistema de “2 por 1”, já utilizado por outras empresas do Polo Industrial, mas a proposta não foi aceita pela BYD.
Embora tenha sido firmado um acordo que prevê 80% de hora extra para aqueles que trabalharem no dia 18, Bonfim ressaltou que a principal questão não é a compensação financeira, mas a exclusão dos trabalhadores da cerimônia de inauguração. “O trabalhador que dá o sangue e o suor não vai participar de um momento importante com a presença do nosso presidente Lula. Isso retira o sentimento de pertencimento e diminui a autoestima dos trabalhadores”, afirmou.
Ele lembrou que outras montadoras, como a Ford em Camaçari e a GWM em São Paulo, permitiram que seus empregados estivessem presentes em eventos significativos, acompanhando a visita de Lula. Para Bonfim, a decisão da BYD passa a impressão de que os funcionários não fazem parte da história da empresa no Brasil. “Peço que a BYD reflita e suspenda essa decisão, para que todos os trabalhadores possam participar desse momento histórico e se sintam parte do sonho da empresa”, concluiu.
O que você pensa sobre a decisão da BYD? Acredita que a participação dos trabalhadores é crucial em eventos como esse? Deixe sua opinião nos comentários!
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