Brasil registra 113 casos suspeitos ou confirmados de intoxicação por metanol

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O Ministério da Saúde divulgou na última sexta-feira (3) que o Brasil acumula 113 notificações de intoxicação por metanol, todas ligadas ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Desses, 11 casos foram confirmados em laboratório e 102 continuam em investigação. Infelizmente, há uma morte confirmada em São Paulo e outras 11 mortes estão sob análise.

A maioria dos registros vem de São Paulo, que totaliza 101 notificações (sendo 11 confirmadas e 90 em investigação). Também foram contabilizados seis casos em Pernambuco, dois na Bahia e no Distrito Federal, além de um no Paraná e outro no Mato Grosso do Sul. Esta é a primeira vez que suspeitas da Bahia, Paraná e Mato Grosso do Sul são incluídas no boletim.

No balanço anterior, divulgado no dia 2 de outubro, citado apenas 59 notificações, restritas a São Paulo, DF e Pernambuco. O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) descartou 15 casos. Geralmente, o Brasil registra cerca de 20 intoxicações por metanol anualmente, mas desde agosto, as notificações aumentaram significativamente devido ao consumo de bebidas adulteradas.

O metanol é um tipo de álcool usado na indústria química e é altamente tóxico quando ingerido. A substância pode causar sintomas como náuseas, dores de cabeça, visão turva e, em casos extremos, cegueira, coma e morte.

Para combater essa emergência, o governo decidiu adquirir 4.300 ampolas de etanol farmacêutico, que será utilizado como antídoto, além de mais 5.000 tratamentos que devem chegar aos hospitais nos próximos dias. Há também negociações para a importação do fomepizol, outro antídoto que ainda não possui registro na Anvisa.

O Ministério da Saúde criou uma sala de situação para monitorar os casos, contando com a participação dos ministérios da Justiça e da Agricultura, além da Anvisa e dos governos estaduais e municipais. A recomendação é que as pessoas evitem o consumo de bebidas de origem duvidosa, especialmente destilados incolores, como vodca e gin, que são mais suscetíveis à adulteração.

Esta situação levanta preocupações sobre a segurança das bebidas consumidas em toda a região. O que você pensa sobre esse aumento nos casos de intoxicação? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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