
Carlos Portugal Gouvea, professor visitante da Faculdade de Direito de Harvard, foi detido na última quarta-feira, dia 2 de outubro, após disparar uma arma de chumbinho fora do Templo Beth Zion, em Brookline, Boston. O incidente ocorreu na véspera do Yom Kippur, um dos dias mais importantes do calendário judaico. A universidade decidiu colocar Gouvea em licença administrativa enquanto a situação é analisada.
Ao ser interrogado pela polícia, Gouvea, que também é professor de direito na Universidade de São Paulo (USP), justificou seu ato afirmando que estava caçando ratos. O caso mobilizou mais de uma dúzia de agentes de polícia, pois seguranças da sinagoga tentaram conter o professor, resultando em uma breve luta física, conforme reportado pelo New York Post. No local, as autoridades encontraram uma janela quebrada e um projétil preso em um veículo próximo.
Os líderes do Templo Beth Zion, Larry Kraus e Benjamin Maron, esclareceram que não há indícios de que o ato tenha sido motivado por antissemitismo. Eles ressaltaram que utilizar uma arma de pressão em um local tão movimentado é perigoso, mas não parece ter sido um ato de ódio.
A Faculdade de Direito de Harvard anunciou que Gouvea foi colocado em licença administrativa e ainda não revelou outras possíveis medidas disciplinares. Gouvea possui doutorado pela própria Harvard e é também responsável por um instituto no Brasil dedicado à justiça social e ambiental. Após ser liberado sob fiança, ele não está mais detido, e sua audiência está agendada para novembro.
A USP foi contactada para obter mais informações, mas até o momento não houve retorno. O espaço permanece aberto para esclarecimentos.
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