A crise política na França se intensificou após a renúncia do primeiro-ministro Sébastien Lecornu na última segunda-feira, 6 de outubro. Nesta terça-feira, 7 de outubro, cresceu a pressão sobre o presidente Emmanuel Macron, com dois ex-primeiros-ministros exigindo sua renúncia e a convocação de novas eleições.
O ex-primeiro-ministro Édouard Philippe foi um dos críticos, afirmando que Macron deveria realizar eleições presidenciais antecipadas assim que a Assembleia Nacional aprovar o orçamento para 2026. Philippe declarou: “Não podemos deixar que o que temos vivido nos últimos seis meses se prolongue. Mais 18 meses é considerado tempo demais e isso prejudicaria a França”.
Outra voz dissidente foi a de Gabriel Attal, que também exerceu o cargo de primeiro-ministro. Ele questionou a decisão de Macron de dissolver a Câmara dos Deputados em junho de 2024, o que iniciou a atual turbulência. “Como muitos franceses, não compreendo mais as decisões do presidente”, afirmou Attal. Apesar das críticas, Macron já havia prometido continuar até o fim de seu segundo mandato.
A situação política na França se tornou conturbada há mais de um ano, a partir da dissolução da Assembleia Nacional por Macron, que levou a novas eleições. Após o avanço da extrema-direita nas eleições para o Parlamento Europeu, o presidente esperava se beneficiar nas votações, mas o resultado foi adverso, obrigando-o a aliar-se à esquerda para enfrentar a direita radical.
A renúncia de Lecornu marca o quarto primeiro-ministro desde o início desse ciclo turbulento, após os mandatos de Attal, Michel Barnier e François Bayrou. Após a demissão, Macron deu 48 horas para o novo governo estabilizar a situação antes de tomar decisões sobre os próximos passos.
Na mesma terça-feira, Lecornu se reuniu com membros da Socle Commun, uma coalizão de conservadores e centristas que ofereceu apoio ao governo, mas que se desintegrou quando Lecornu nomeou um novo gabinete. Esse novo governo colapsou rapidamente, menos de 14 horas após sua formação, quando o conservador Bruno Retailleau retirou seu apoio.
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