Indicados por deputados baianos são demitidos após derrota do governo; outros cortes podem acontecer

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O governo federal tomou medidas drásticas após a derrota na votação da medida provisória 1303/2025. Na semana passada, começaram a ser demitidos os ocupantes de cargos públicos indicados por deputados de partidos do Centrão, especialmente aqueles que votaram contra a proposta. Entre as exonerações estão quatro superintendências do Ministério da Agricultura, uma diretoria do Dnit e três regionais da Codevasf, além de uma vice-presidência da Caixa Econômica Federal.

Os cortes atingiram diretamente representantes da bancada da Bahia, como o superintendente regional da Codevasf, Harley Xavier Nascimento, que foi exonerado no último dia 10. Nascimento, indicado pelo deputado Arthur Maia (União Brasil), estava no cargo há nove anos. O deputado aproveitou suas redes sociais para lamentar a perda, mas reforçou seu apoio a Harley.

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, sugeriu ao presidente Lula um “pente-fino” nos cargos, o que indica que mais demissões podem ocorrer. O deputado José Guimarães, líder do governo na Câmara, afirmou que essa medida visa esclarecer a participação de parlamentares na derrota da MP, que tinha como objetivo taxar aplicações financeiras.

Alguns deputados, como Elmar Nascimento, que votou pela retirada da pauta da medida, estão na mira das futuras exonerações. A Codevasf, cuja presidência está em jogo, tem uma gestão controversa, marcada por denúncias de irregularidades. O atual diretor-presidente, Lucas Felipe de Oliveira, também foi indicado por Nascimento.

Levantamentos indicam que cerca de 380 filiados a partidos do Centrão estavam em cargos do governo antes das exonerações. Os dados revelam a distribuição dos cargos ocupados pelos aliados que votaram contra o governo. Esses números incluem uma variedade de ministérios, mostrando a extensão do apoio político que o governo precisa rever.

Conforme as demissões prosseguem, o clima de incerteza aumenta nas esferas administrativas. As ações do governo refletem um compromisso em alinhar suas definições políticas e administrativas, criando um cenário tenso que pode resultar em mais mudanças nas próximas semanas.

O que você acha dessa situação? Acredita que novas exonerações são necessárias? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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