Padre flagrado com noiva de fiel pode ser expulso da igreja? Entenda

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Um vídeo que rapidamente se espalhou nas redes sociais traz à tona o padre Luciano Braga Simplício, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Nova Maringá. No registro, ele aparece ao lado da noiva de um fiel na casa paroquial da cidade, que conta com pouco mais de cinco mil habitantes e fica a 392 km de Cuiabá (MT).

Em áudio anexado ao vídeo, o padre nega qualquer envolvimento amoroso, afirmando que a jovem apenas pediu permissão para usar o quarto e se banhar. Para entender melhor a situação, a coluna consultou o Código de Direito Canônico, instaurado pelo Papa João Paulo II em 1983.

Diretrizes da Igreja

De acordo com o Código, padres do rito latino não podem manter relações afetivas ou sexuais. Quebrar esse compromisso é considerado uma infração grave, podendo prejudicar a imagem do sacerdote e da Igreja perante a cidade.

O vídeo traz a possibilidade de consequências disciplinares que vão desde advertências até a suspensão das funções clericais. Em casos mais sérios ou reincidentes, o sacerdote pode perder o direito de exercer o ministério, sendo reduzido ao estado laical.

A responsabilidade por investigar e aplicar sanções cabe ao bispo diocesano, que decide se o caso será tratado localmente ou enviado à Congregação para o Clero, no Vaticano. A Diocese de Diamantino confirmou o início de uma apuração sobre a conduta do padre.

Além das possíveis punições, a Igreja se compromete a acompanhar tanto o clérigo quanto a cidade afetada, buscando restaurar a confiança. Contudo, todas as decisões dependem da comprovação dos fatos e da análise eclesiástica.

Detalhes do caso

Na última semana, o padre se viu no centro de uma polêmica que ganhou proporções nacionais. Ele foi flagrado na casa paroquial com a noiva de um fiel, em um vídeo que rapidamente se espalhou pela internet, gerando indignação entre os moradores.

No registro, o padre aparece de shorts enquanto o noivo, junto a seu pai, arromba a porta do banheiro e encontra a mulher escondida sob a pia, vestindo um baby-doll. A cena, que gerou bastante constrangimento, foi filmada pelo noivo. Em uma justificativa, o padre disse que a jovem, de 21 anos, pediu para usar o quarto após um evento religioso. Ele afirmou que não havia relação íntima entre eles.

Investigação em andamento

A Diocese de Diamantino instaurou uma investigação canônica para apurar a conduta do sacerdote. A Diocese ressaltou que segue todas as medidas necessárias, priorizando o bem da Igreja e dos fiéis. A violação do voto de celibato é uma falta grave e pode resultar em suspensão ou afastamento definitivo do ministério.

Além da investigação eclesiástica, a Polícia Civil de Mato Grosso também abriu um inquérito para verificar as circunstâncias do caso. A jovem registrou um boletim de ocorrência por divulgação indevida de imagens, e a polícia está expandindo as investigações para apurar possíveis violações de privacidade e assédio.

O que você acha desse caso? Deixe sua opinião nos comentários.

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