Na última sexta-feira (17), o Parlamento português aprovou um projeto de lei que proíbe o uso da burca em espaços públicos. A medida, proposta pelo partido Chega, recebeu apoio de partidos da direita e do centro-direita, incluindo PSD, Iniciativa Liberal (IL) e CDS-PP.
A proposta visa proibir a “utilização de roupas que ocultem o rosto” em Portugal. Durante o debate, o líder do Chega, André Ventura, argumentou que mulheres forçadas a usar burca não são “livres e independentes”, citando que essa lei é um passo importante para garantir o respeito aos costumes do país. Ele também fez um apelo aos imigrantes, enfatizando que devem respeitar os valores de Portugal.
Os partidos de esquerda, como o PS, Livre, PCP e Bloco de Esquerda, se opuseram à proposta, alegando que a iniciativa da extrema-direita promove o ódio e busca atingir a comunidade muçulmana. O PS indicou que é preciso cautela na elaboração de leis desse tipo, enquanto o PCP criticou a falta de análise cuidadosa.
A deputada do Chega, Madalena Cordeiro, também se manifestou no debate, argumentando que é preciso “chega de fingir que todas as culturas são iguais”. Apesar da aprovação inicial, o projeto passará por uma nova discussão nas comissões parlamentares, onde poderá sofrer alterações antes da votação final.
Com declarações e posicionamentos polêmicos, esse debate se encaixa em um contexto mais amplo sobre a integração cultural e os limites das expressões religiosas em várias regiões. O que você acha dessa discussão? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião.
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