Dona de imóvel relata depressão e perda da renda após obra do metrô

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Cristiane Sanches, de 56 anos, vive um pesadelo na Vila Invernada, zona leste de São Paulo. A nutricionista ficou surpresa ao saber que sua inquilina decidiu deixar a casa na Rua Plácido de Castro, alegando que as obras de expansão da Linha 2-Verde do metrô estavam causando problemas. Apenas 20 dias após a saída, Cristiane descobriu que seu imóvel estava entre os oito interditados devido à construção.

Esse foi o início de uma batalha que parece interminável. Cristiane começou a compilar um dossiê com 800 páginas e contratou um advogado, além de acionar o Ministério Público de São Paulo (MPSP) para buscar soluções. Ela está lidando com a perda de sua única fonte de renda, já que recebe aluguel da casa. Não apenas isso, continua pagando o IPTU, e está sem possibilidade de realizar reformas devido aos danos no solo.

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As consequências vão além do que se pode ver. Cristiane relata ter desenvolvido transtornos ansioso-depressivos devido à situação. “É uma covardia a forma como eles agem”, desabafa. Para ela, a pressão sobre os moradores é constante e desgastante. Durante as tratativas, uma das propostas oferecidas pelos responsáveis pela obra foi o pagamento baseado no metro quadrado construído. No entanto, o problema é que o solo está instável, dificultando qualquer projeto futuro no local.

Depressão e angustia

Cristiane afirma que não é contra a obra em si, mas exige respeito. “Ninguém pode chegar e destruir as casas das pessoas e ficar por isso mesmo”, reclama. Ela expressa indignação por não ter conseguido justiça até agora. “Será que o juiz não está vendo isso? Não tem justiça para me defender?”, questiona.

Posicionamento do Metrô

Em resposta, a companhia responsável pela obra afirma que oferece suporte aos moradores afetados, incluindo opções de aluguel de moradia e outros serviços. “As casas próximas às obras são monitoradas constantemente e não há risco de desabamento”, esclarece o Metrô, acrescentando que as obras empregam cerca de 6 mil pessoas e beneficiarão 400 mil usuários diariamente.

“Nenhum imóvel impactado ficou ou ficará sem atendimento. Quando há danos, são feitos reparos ou pagos valores de indenização”, diz o Metrô.

A história de Cristiane não é apenas uma questão de indenização. É uma luta por dignidade, segurança e respeito. Você também já passou por situações semelhantes? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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