Acordo no Japão abre caminho para Sanae Takaichi se tornar primeira mulher a ocupar cargo de primeira-ministra

Um novo acordo de coalizão assinado nesta segunda-feira, 20 de outubro de 2025, entre o Partido Liberal Democrático (PLD) e o Partido da Inovação do Japão (PIJ), pode levar Sanae Takaichi a se tornar a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra do Japão. A assinatura ocorreu em Tóquio, onde Takaichi se reuniu com Hirofumi Yoshimura, líder do PIJ.

Embora não haja garantia de que Takaichi será eleita na primeira votação, especialistas acreditam que ela provavelmente será nomeada no segundo turno. A nova líder do PLD foi escolhida após a renúncia do ex-primeiro-ministro Shigeru Ishiba, impulsionada por recentes derrotas eleitorais do partido. “Estou ansiosa para trabalhar com você para fortalecer a economia do Japão e garantir um futuro responsável para as próximas gerações”, afirmou Takaichi durante o acordo.

Yoshimura expressou confiança de que ambos os partidos compartilham uma visão de progresso. Aos 64 anos, Takaichi representa a ala conservadora do PLD. No entanto, sua trajetória para o cargo foi afetada pelo rompimento da aliança de longa data com o Komeito, que criticou o PLD por não endurecer as regras de financiamento eleitoral após um escândalo de corrupção.

Além disso, o Komeito questionou a postura de Takaichi em relação à China e suas visitas regulares a um santuário em Tóquio que homenageia mortos de guerra, incluindo alguns condenados por crimes de guerra. O anúncio da nova coalizão resultou em uma alta nas ações na Bolsa de Tóquio, refletindo otimismo no mercado.

Takaichi já manifestou seu apoio a uma política de flexibilização monetária e ao aumento de gastos públicos, contemplando medidas que talvez ajudem a estabilizar a economia. Com a iminente visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Japão, o país busca fazer frente a questões comerciais e de defesa, sublinhando a urgência da nomeação da nova líder.

O cenário político japonês está em transformação e a possibilidade de ter uma mulher na liderança é um marco significativo. E você, o que acha desse possível avanço na política do Japão? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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