A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira, um projeto de lei que garante validade permanente ao laudo médico para diagnóstico de diabetes tipo 1 (DM1). A proposta agora será enviada ao Senado e busca reduzir a burocracia que os pacientes enfrentam para obter medicamentos e insumos do Sistema Único de Saúde (SUS).

O PL 3472/23, de autoria do deputado Dr. Zacharias Calil (União-GO), recebeu parecer do relator Max Lemos (PDT-RJ), que fez alguns ajustes no texto. O objetivo é eliminar a necessidade de renovações periódicas dos laudos para condições como o diabetes tipo 1, que é hereditário e irreversível.

Atualmente, muitos pacientes são obrigados a renovar seu laudo médico regularmente, mesmo com um diagnóstico permanente. Essa medida representa um avanço significativo para quem vive com a doença.

Mão de uma pessoa com um pouco de sangue, que está sendo depositado em uma tira ligada a um medidor de glicose
Medida visa facilitar a vida de pacientes que vivem com diabetes tipo 1 (Imagem: Me dia/Shutterstock)

Com a nova regra, o laudo pode ser emitido por médicos da rede pública ou privada, respeitando as normas vigentes. Isso significa que o documento que atesta o diagnóstico do diabetes tipo 1 terá validade indeterminada, independentemente do profissional que o emitiu.

Além disso, a mudança atualiza uma lei de 2006, que estabelece a distribuição gratuita de insulina e insumos para controle da glicemia, proporcionando maior eficiência no atendimento e redução da burocracia.

Benefícios esperados para o sistema de saúde

O relator Max Lemos destacou que a proposta beneficiará não apenas os pacientes, mas também o sistema público de saúde. Os principais efeitos esperados incluem:

  • Redução de custos administrativos;
  • Diminuição da sobrecarga nos serviços de saúde;
  • Agilidade no acesso a medicamentos e benefícios;
  • Maior dignidade e praticidade para os pacientes;
  • Facilitação de processos em áreas como saúde, educação e previdência.
Paciente em consulta médica
A medida também pretende aliviar os serviços de saúde, diminuindo o número de consultas desnecessárias (Imagem: Korawat photo shoot/Shutterstock)

Lemos afirma que “não há justificativa” para exigir renovações periódicas de um laudo que atesta uma condição permanente. Essa decisão busca “garantir mais dignidade e menos transtornos” para os pacientes.