O que esperar da relação entre o novo presidente da Bolívia e Trump

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A recente vitória de Rodrigo Paz nas eleições presidenciais da Bolívia marca uma reviravolta significativa. Eleito em 19 de outubro, Paz encerra quase duas décadas de domínio da esquerda no país. Essa mudança também pode afetar como a Bolívia se relaciona com o restante do mundo, especialmente em um contexto de tensões na América do Sul entre Donald Trump e líderes regionais.

Virada à Direita

  • Rodrigo Paz foi eleito o novo presidente da Bolívia no segundo turno das eleições do país, realizadas no dia 19 de outubro.
  • Com isso, o político de 58 anos de idade encerrou a hegemonia da esquerda boliviana.
  • Este novo líder se posiciona como um político de centro-direita e terá desafios internos, como a crise econômica.
  • A vitória de Paz altera o cenário político na América do Sul, adicionando mais um líder da direita à região.
  • Porém, analistas apontam que a ideologia de Paz pode não levar a uma expansão da influência norte-americana na Bolívia.

Paz venceu o candidato conservador Jorge Tuto Quiroga e tomará posse em 8 de novembro. Desde sua vitória, já sinalizou um desejo de restaurar as relações com os Estados Unidos, que estavam rompidas há 17 anos.

Washington também expressou interesse em reaproximação, conforme comunicado do Departamento de Estado dos EUA. Para a administração Trump, a vitória de Paz representa um “momento histórico” e uma “oportunidade transformadora” para ambos os países.

“Os Estados Unidos estão prontos para firmar parceria com a Bolívia em prioridades compartilhadas, incluindo o combate à imigração ilegal e a segurança regional”, afirmou um trecho do comunicado.

A recepção dos EUA ao novo presidente da Bolívia foi reforçada por um comunicado conjunto com outros países da região, que prometeram apoio na estabilização econômica da Bolívia, que enfrenta uma crise desde meados de 2023.

Planos dos EUA na América Latina

Em uma conversa com Paz, Marco Rubio, chefe da diplomacia dos EUA, destacou a intenção de fortalecer parcerias. A fala de Rubio coincide com a escalada militar dos EUA nas águas do Caribe e Pacífico, mencionando a possibilidade de operações terrestres em diversos países da região.

Este apoio se alinha com líderes de direita na América Latina, como Javier Milei na Argentina. Todos estão em sintonia com a política americana que identifica o cartel de Los Soles como uma organização terrorista, chefiada, segundo Washington, por Nicolás Maduro.

Apesar dos acenos positivos, analistas alertam que a união de Paz com outros presidentes da América do Sul em apoio aos planos militares de Trump ainda não é garantida.

Desde sua campanha, Paz demonstrou interesse em diversificar as relações diplomáticas da Bolívia, antes muito ligadas à ideologia de seus antecessores.

“Rodrigo Paz terá um posicionamento pragmático, mas responsável. Os sinais apontam para uma reaproximação com os Estados Unidos, mas com autonomia”, afirma Ana Lucia Lacerda, do Observatório Político Sul-Americano.

Em entrevista à CNN, Paz revelou que também buscará parcerias com países vizinhos, como Brasil e Uruguai, para lidar com a crise de combustíveis, mostrando que suas alianças não se restringem apenas a líderes de direita.

O futuro da Bolívia sob a liderança de Rodrigo Paz promete ser um capítulo emocionante nas relações políticas da América do Sul. O que você acha dessa nova fase? Compartilhe sua opinião!

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