O furacão Melissa, um dos mais fortes a atingir a região, causou “danos consideráveis” em Cuba e agora se dirige para as Bahamas. A tempestade, que passou pela Jamaica com ventos de até 300 km/h, se tornou a mais poderosa a tocar a terra nos últimos 90 anos, provocando evacuações em massa e destruição generalizada.
Na última terça-feira (29), cerca de 735 mil pessoas foram retiradas de suas casas, especialmente nas províncias de Santiago de Cuba, Holguín e Guantánamo. Informações indicam que a tempestade deixou, até o momento, cerca de 30 mortos na região, com os maiores números de vítimas registrados no Haiti, onde o total chegou a 23.
Em Santiago de Cuba, Mariela Reyes, uma dona de casa de 55 anos, perdeu o teto de sua casa. “É difícil perder tudo o que temos”, desabafou. A cidade, com 500 mil habitantes, agora enfrenta ruas alagadas e casas inundadas. Após a passagem do furacão, moradores começaram a trabalhar para limpar as vias, enquanto relatos indicam a morte de animais devido às inundações.
O presidente Miguel Díaz-Canel descreveu a situação como “complexa” e alertou para os “danos consideráveis”. Estruturas de hotéis e hospitais também foram afetadas. A empresa estatal de telecomunicações, ETECSA, confirmou que muitas áreas ainda estão sem acesso a telefone.
A história se repete na Jamaica, onde o primeiro-ministro Andrew Holness declarou que a ilha se tornou uma “zona de desastre”. Os danos na Jamaica foram descritos como sem precedentes, com a destruição de infraestrutura crítica e redes de comunicação. “Toda a minha casa ficou inundada”, relatou uma moradora da região sudoeste.
O furacão Melissa não apenas superou a intensidade do Katrina, mas também levantou discussões sobre como as mudanças climáticas estão intensificando eventos climáticos extremos. Meteorologistas afirmam que o aquecimento global contribui para tempestades mais intensas e rápidas, aumentando os riscos de chuvas extremas.
A situação nas áreas afetadas continua crítica. Autoridades ainda buscam informações sobre desaparecidos, enquanto a população tenta se recuperar das severas consequências do furacão. Se você tem histórias, comentários ou opiniões sobre essa tragédia, compartilhe conosco.

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